Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de janeiro de 2023
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou na última quarta-feira (18) que a China retirou a suspensão das exportações de três frigoríficos brasileiros – dois de aves e um de bovinos –, que vigoravam desde o ano passado. O anúncio à imprensa ocorreu após uma reunião do ministro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A China encerrou as suspensões que impôs aos abatedouros de aves da Bello
Alimentos, de Itaquiraí (MS), e São Salvador Alimentos, de Itaberaí (GO), e do
frigorífico de carne bovina da JBS em Mozarlândia (GO). Os chineses não chegaram a revelar o motivo da suspensão do frigorífico da JBS.
Inicialmente, a China havia barrado as importações de carne da unidade por uma semana e, após uma auditoria, ficou definido que a interrupção seria por tempo indeterminado – que durou até agora.
O frigorífico de Mozarlândia é o maior da JBS em Goiás. O embargo teve impacto sobre os preços do gado na região.
Em novembro, a China já havia retirado a suspensão de duas plantas de aves, a
Cooperativa Aurora, de Xaxim (SC), e o Minuano, de Lajeado (RS). Alguns embargos vigoravam desde o início da pandemia.
A China teve uma relação difícil com o governo Bolsonaro, em virtude de questões ideológicas de aliados do presidente, sobretudo os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, morto no ano passado.
Questionado sobre se a reabilitação representa um gesto de “boa vontade” de
Pequim com o novo governo brasileiro, Fávaro respondeu: “Eu não acho, eu tenho certeza”.
Quatro plantas brasileiras ainda seguem sem retomar a liberação para exportar aos chineses: as unidades dos frigoríficos Redentor e Masterboi em Guarantã do Norte (MT) e São Geraldo do Araguaia (PA), respectivmente, e as unidades da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) e Marau (RS).
O ministro confirmou ainda a habilitação de 11 plantas brasileiras feita pela
Indonésia, todas eles de carne bovina, conforme informações do Valor Econômico. O país do sudeste asiático, que importa US$ 1 bilhão em carnes por ano, ainda é um mercado coadjuvante no segmento, pode tem potencial de expansão nos próximos anos.