Sábado, 20 de abril de 2024

Cientistas descobrem uma versão da variante ômicron mais difícil de detectar

A Austrália encontrou uma nova linhagem da variante ômicron em um viajante que chegou da África do Sul nesta quarta-feira (8). Essa nova linhagem tem cerca de metade das variações genéticas da ômicron original e não pode ser detectada com exames típicos, informou o departamento de saúde australiano.

A nova linhagem tem dados suficientes “para poder classificá-la como ômicron, mas não sabemos o suficiente sobre o que isso significa no que diz respeito à gravidade clínica e à eficácia da vacina”, afirmou Peter Aitken, chefe de saúde interino. “Agora temos a variante ômicron e uma cepa semelhante à ômicron”, completou.

A nova linhagem tem cerca de metade das mutações do genoma da variante ômicron original e não tem um recurso no gene S que torna mais difícil rastrear por meio de testes PCR. A descoberta “vai levar a progressos nas pessoas reconhecendo o potencial de espalhamento da ômicron em todas as comunidades”, acrescentou Aitken.

A descoberta pode significar um revés para os cientistas que correm para entender o impacto da variante ômicron, incluindo o fato dela ser ou não mais contagiosa e como ela se comporta com as vacinas já disponíveis.

Três doses

BioNTech e Pfizer informaram nesta quarta que estudos preliminares demonstram que três doses de sua vacina contra a covid-19 neutralizam a variante ômicron. Segundo as empresas, o resultado obtido um mês após a terceira dose é comparável ao observado após duas doses contra a cepa original.

No comunicado, os fabricantes explicaram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos, mas que uma terceira dose aumenta os anticorpos em 25 vezes.

Pfizer e BioNTech alertam que, mesmo com a queda dos anticorpos neutralizantes após duas doses, a vacina segue protegendo contra as formas graves da doença. Elas também informam que estão monitorando de perto a efetividade da vacina no mundo real contra a nova variante.

“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

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