Quinta-feira, 28 de março de 2024

Coordenadores do Enem pedem demissão duas semanas antes da prova

O coordenador-geral de exames para certificação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Eduardo Carvalho, e o coordenador-geral de logística da aplicação, Hélio Junio Rocha Morais, pediram exoneração de suas funções.

Os cargos estão diretamente ligados à aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está previsto para acontecer nos dias 21 e 28 de novembro.

Além desta avaliação, os coordenadores também tinham parte na aplicação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

As exonerações acontecem cerca de um mês e meio após o pedido de demissão de Daniel Miranda Pontes Rogério, então diretor de tecnologia do Inep, responsável pelo Enem digital. Rogério foi posteriormente substituído por Roberto Santos Mendes.

De acordo com documentos, o pedido de exoneração de Carvalho passou a contar a partir de 1 de novembro e o de Morais foi assinado nesta sexta-feira (5).

Os documentos foram disponibilizados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), alimentado pelo órgão.

Comando técnico

A exoneração dos coordenadores acontece um dia após uma assembleia dos servidores do Inep que denunciaram o risco de prejuízos durante a prova do Enem 2021 por suposta “falta de comando técnico” da presidência do Inep.

Durante o ato que tomou lugar em frente ao prédio do instituto, em Brasília, um grupo de funcionários denunciou que a atual gestão promove um “clima de insegurança e medo”.

De acordo com os relatos dos servidores, a aplicação das provas do Enem – marcadas para daqui a pouco mais de duas semanas – está sendo elaborada sem a atuação das Equipes de Incidentes e Resposta (ETIR), por decisão “arbitrária e unilateral” de pessoas com cargos de chefia, ligadas à presidência do instituto, comandada por Danilo Dupas.

O grupo que fez o protesto conta que os técnicos do Inep não estão sendo ouvidos. A Associação dos Servidores (Assinep) disse que vai enviar um relatório de denúncias sobre os problemas para os parlamentares federais.

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