Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 16 de maio de 2022
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse nesta segunda-feira (16) que o país não poupará esforços para ajudar a Coreia do Norte, enquanto a nação isolada enfrenta um surto de covid-19, e reiterou que permanecerá aberto à ajuda humanitária.
“Se a Coreia do Norte responder (ao nosso apoio), não pouparemos medicamentos, incluindo vacinas, equipamentos médicos e pessoal de saúde”, disse Yoon, em um discurso na sessão plenária da Assembleia Nacional.
Separadamente no discurso, Yoon também disse que discutirá com o presidente dos EUA, Joe Biden, maneiras de fortalecer a cooperação na cadeia de suprimentos global por meio do Quadro Econômico Indo-Pacífico. Biden está programado para visitar o país no fim desta semana.
Batalha
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou que os militares regularizem a distribuição de medicamentos contra a covid na capital, Pyongyang, na batalha contra o primeiro surto confirmado da doença, disse a mídia estatal.
O primeiro reconhecimento oficial do Norte de um surto “explosivo” foi feito na semana passada, com especialistas alertando que poderia causar devastação em um país com suprimentos médicos limitados e sem programa de vacinas.
Os medicamentos adquiridos pelo Estado não estavam chegando às pessoas de maneira oportuna e precisa, disse Kim, em uma reunião de emergência do Politburo no domingo, antes de visitar farmácias perto do rio Taedong, na capital, segundo divulgou a agência de notícias estatal KCNA.
Kim ordenou o envio imediato do corpo médico do Exército para “estabilizar o fornecimento de medicamentos na cidade de Pyongyang”, acrescentou.
Embora as autoridades tenham ordenado a distribuição de reservas nacionais de medicamentos, as farmácias não estavam bem equipadas para desempenhar suas funções sem problemas, acrescentou Kim.
A Coreia do Norte reportou, nas últimas 24 horas, seis mortes e mais de 270 mil “casos de febre” em meio a um surto de covid que atinge o país.
Não há confirmação oficial dos casos e mortes, apresentados como suspeitos pela agência estatal de notícias, por isso o país se refere a uma “febre” sem confirmar a infecção pelo coronavírus.
De acordo com um levantamento da agência sul-coreana de notícias Yonhap, o número total de mortes suspeitas por covid chega a 56, já o de casos suspeitos passou do 1 milhão.
Na semana passada, esta nação asiática bastante fechada anunciou os primeiros casos da doença, após dois anos de pandemia.
O surto, que segundo Kim causou “grandes distúrbios”, atinge um país que não possui vacinas contra a covid, medicamentos antivirais ou capacidade de testagem em massa.
A Coreia do Norte mantém um rígido bloqueio ao exterior para se defender do coronavírus desde o início da pandemia, embora especialistas tenham dito que, com a presença da variante ômicron na região, seria uma questão de tempo até que a covid se espalhasse pelo país.