Sexta-feira, 13 de junho de 2025

Covid impacta serviços de saúde em mais de 90% dos países

Impactos nos serviços básicos de saúde, como campanhas de vacinação e o tratamento de doenças como a aids, foram relatados em 92% de um total de 129 países, mostrou uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o impacto da pandemia.

O levantamento, realizado entre novembro e dezembro de 2021, mostrou que os serviços foram “severamente impactados” com “pouca ou nenhuma melhoria” em relação à pesquisa anterior no início de 2021, disse a OMS em um comunicado enviado aos jornalistas.

“Os resultados desta pesquisa destacam a importância de ações urgentes para enfrentar os principais desafios do sistema de saúde, recuperar serviços e mitigar o impacto da pandemia da covid-19”, disse a OMS.

O atendimento de emergência, que inclui ambulâncias e serviços de pronto atendimento, na verdade piorou com 36% dos países relatando interrupções contra 29% no início de 2021 e 21% na primeira pesquisa em 2020.

As cirurgias eletivas, como as próteses de quadril e joelho, foram interrompidas em 59% dos países e as lacunas nos cuidados de reabilitação e paliativos foram relatadas em cerca de metade deles.

O momento da pesquisa coincidiu com o surgimento de casos de covid em muitos países no final de 2021 devido à variante altamente transmissível ômicron do coronavírus, empilhando tensão adicional nos hospitais.

A declaração da OMS atribuiu a escala de interrupções a “problemas de sistemas de saúde pré-existentes”, bem como a diminuição da demanda por cuidados, sem entrar em detalhes.

Décadas

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, avisou que “o impacto da pandemia será sentido durante décadas”, especialmente “nas populações mais vulneráveis”. “Quanto mais a pandemia se arrastar, piores esses impactos serão”, antecipou.

“As consequências devastadoras” da pandemia agravaram as desigualdades econômicas, sociais e de acesso à saúde, uma situação que afetou países “de todos os tamanhos e rendimentos”, explicou.

As nações têm “de trabalhar em conjunto” para travar este cenário, segundo garantiu o diretor-geral da OMS. O objetivo é vacinar pelo menos 70% da população mundial até meados de 2022. Com essa cobertura vacinal, “reforçaria os sistemas de saúde e trabalharia para uma recuperação econômica inclusiva”.

Europa

Na última semana, a OMS divulgou que a Europa pode, em breve, entrar no período mais brando da pandemia de covid desde seu início, em março de 2020.

O diretor regional da entidade para a Europa, Hans Kluge, classificou o período futuro como “um cessar-fogo que poderia nos trazer paz”, acrescentando que o atual contexto “abre possibilidade para um longo período de tranquilidade”.

Esse contexto se deveria a três fatores: o alto índice de vacinação contra o novo coronavírus e de recuperados de infecções no continente; os efeitos mais amenos da variante ômicron; e o fim do inverno, marcado oficialmente para 20 de março. Em geral, os vírus provocam menos infecções durante os meses de temperatura mais amena.

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