Quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Defesa de Bolsonaro diz que discorda de votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, mas que respeitará decisão do Supremo

O advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou nessa terça-feira (9) que a defesa do ex-presidente vai respeitar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), mas que discorda das análises dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Moraes, que é relator da ação penal, e Dino votaram pela condenação de Bolsonaro. A sessão foi interrompida e nesta quarta (10) a análise da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) será retomada com o voto do ministro Luiz Fux.

“Vamos respeitar sempre a decisão do Supremo, mas não concordamos. As questões preliminares foram muito pouco desenvolvidas. Discordamos da análise de mérito, mas vamos aguardar o prosseguimento do julgamento”, disse Vilardi, após a sessão desta tarde.

A imagem mostra Bolsonaro em pé, por trás do portão da sua casa. Ele está usando uma camisa polo amarela e calças escuras. O fundo é composto por uma parede clara e vegetação, com algumas plantas visíveis. O dia está ensolarado.

O advogado Matheus Milanez, defensor do general Augusto Heleno, não escondeu a frustração com o voto de Flávio Dino. Ele esperava que o ministro fosse votar pela absolvição do ex-ministro, por falta de provas.

A expectativa da defesa de Heleno é grande pelos votos de Luiz Fux e Cristiano Zanin.

“O Zanin eu acho que é o que mais agora me deixa na dúvida, acho que o Zanin é um ponto de interrogação (…) por ter sido advogado, ter participa de um processo muito similar ao que a gente sofreu”, disse.

Sobre Cármen Lúcia, única ministra que não recebeu nenhum advogado durante a instrução do processo, as defesas acreditam que ela deve votar integralmente com Alexandre de Moraes.

Outros dois advogados de réus da trama golpista ouvidos pela Folha, sob reserva, afirmaram que os votos de Moraes e Dino já eram esperados pelas suas equipes, diante da afinidade entre os dois ministros e os julgamentos anteriores sobre os processos relacionados ao 8 de janeiro.

O STF retomou o julgamento da trama golpista nessa terça. Durante a semana, os ministros da Primeira Turma vão votar se condenam ou absolvem os réus do processo.

A Primeira Turma do Supremo deve realizar sessões ainda nesta quarta, quinta (11) e sexta (12) para apreciar a ação sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022, na qual o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o ex-presidente Bolsonaro.

O julgamento começou no dia 2 de setembro. A acusação aponta Bolsonaro como líder de uma tentativa de golpe de Estado. Ao longo da semana anterior, foram ouvidos o relatório do caso, a PGR (Procuradoria-Geral da República), com a acusação, e as defesas dos réus. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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