Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de novembro de 2024
O delegado da PF (Polícia Federal) Valdecy Urquiza, de 43 anos, foi confirmado, nesta terça-feira (5), como o novo secretário-geral da Interpol. Ele é o primeiro brasileiro a chegar ao cargo mais alto da maior organização policial do mundo.
O nome de Urquiza foi chancelado pelos países-membros da organização na 92ª Assembleia Geral da Interpol, realizada em Glasgow, no Reino Unido. O delegado havia sido indicado em junho pelo comitê executivo da entidade.
Dos 196 países-membros, 153 votaram na Assembleia Geral. Destes, 145 aprovaram o nome de Urquiza. Seis países votaram contra o brasileiro e dois se abstiveram.
Ao longo de seus 101 anos de história, a instituição teve oito secretários-gerais: um austríaco, quatro franceses, um britânico, um alemão e um norte-americano. O brasileiro será o primeiro cidadão de um país em desenvolvimento a chefiar o órgão. Quem deixa o cargo é o alemão Jürgen Stock, que assumiu o posto em 2014.
Urquiza assume o comando no final desta semana, quando termina a Assembleia Geral. O mandato é de cinco anos, podendo ser renovado por mais cinco. Ele irá se mudar com a família para Lyon, na França, onde fica a sede da instituição.
Em discurso após a confirmação do seu nome, Urquiza disse que sua gestão terá três pilares: tecnologia, inclusão e integridade. O brasileiro ressaltou, ainda, que o crime internacional está mais sofisticado e que isso demanda que a Interpol se adapte.
Urquiza nasceu em São Luís, no Maranhão. Graduado em Direito, ele ingressou na PF em 2004 por concurso.
“A ratificação do delegado Urquiza reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional uma dimensão essencial. Representa, também, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento aos crimes, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol”, afirmou a PF em um comunicado.