Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de novembro de 2024
A Frente Parlamentar Evangélica anunciou seu apoio ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), como candidato a presidente da Câmara. A decisão acontece em meio à possibilidade de a Casa aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para templos religiosos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é um padrinho da candidatura de Motta e articula a aprovação da PEC para essa semana. O grupo religioso tem 219 deputados.
“Com a nossa deferência, com o nosso apoio, com o nosso diálogo permanente, (vamos trabalhar para) que as pautas de interesse da Frente (Evangélica) possam ter prioridade em uma futura gestão nossa à frente da Câmara dos Deputados”, disse Motta durante o jantar com o grupo parlamentar.
O jantar contou com a participação de Motta, de Lira e do coordenador da bancada evangélica, Silas Câmara (Republicanos-PB). O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que coordena a bancada evangélica do Senado, também esteve presente.
No mesmo evento, Hugo Motta também disse que “tem certeza” que irá conseguir apoio de mais partidos.
Ele já tem uma aliança com PL, PT-PCdoB-PV, PP, Republicanos, MDB, PDT, PSDB-Cidadania, PSB, Podemos, Solidariedade, PRD e Rede. Esses partidos somam 385 deputados, mais que o suficiente para ser eleito em primeiro turno.
Na mesma linha, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), coordenador da bancada evangélica, disse que não chegou a conversar com Motta sobre uma lista de demandas que o grupo deseja que avance na Câmara.
Por outro lado, PSD, que lançou Antônio Brito como candidato e União Brasil, que chegou a apresentar Elmar Nascimento como opção, ainda negociam com Motta os espaços que as legendas terão em uma eventual gestão de Motta.
O União Brasil se reuniu essa semana, mas Elmar se limitou a dizer que a “eleição é apenas em fevereiro”. Já a bancada do PSD vai se reunir amanhã para debater os cenários.
“Temos certeza que vamos avançar com mais alguns partidos, respeitando a todos, mas na certeza que a nossa candidatura é a convergência. Ao final será a candidatura que melhor oferecerá as propostas para a Câmara dos Deputados”, declarou.
Perguntado sobre a possibilidade de, caso seja eleito, avançar um o projeto de lei que regulamenta as redes sociais, Motta evitou se comprometer com o tema e disse que quem define a possibilidade de votação não é o presidente da Câmara, mas a maioria dos deputados.