Domingo, 06 de outubro de 2024

Dólar abre a semana cotado a R$ 5,05, na maior alta em seis meses; Bolsa brasileira fecha em queda

O dólar registrou alta nas negociações dessa segunda-feira (1º), após a divulgação de um dado importante de medição da temperatura da economia americana. A moeda fechou com valorização de 0,87%, cotada a R$ 5,059. É a maior alta registrada em seis meses, quando terminou as negociações de 13 de outubro em R$ 5,089.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,87%, aos 126.990 pontos. As maiores altas foram de Hapvida (HAPV3), com 6,49%, e IRB Brasil (IRBR3), a 2,44%.

Na outra ponta, LWSA (LWSA3) e CVC (CVCB3) amargaram performance negativa de -6,34% e -5,86%, respectivamente.

Com relevância no peso do índice, Petrobras e Vale fecharam o dia em leve variação positiva. As ações da petrolífera terminaram o pregão com alta de 0,75% (PETR4) e 0,5% (PETR3), enquanto a mineradora registrou 0,46% de alta.

O motivo da valorização da divisa americana foi a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) da indústria dos EUA. Houve um salto do dado no mês de março, depois de 16 meses consecutivos de retração, saindo de 47,8 em fevereiro para 50,1 pontos.

“Os números sugerem uma atividade econômica ainda forte, pressionando as expectativas dos juros e fortalecendo o dólar. Essa semana, ainda teremos a divulgação de dados que podem dar maiores pistas sobre a condução da política monetária nos próximos meses”, diz Leandro Ormond, analista da Aware Investments.

Banco Central

O Banco Central anunciou que vai realizar leilão adicional de “swap cambial” nesta terça-feira (2). Essa operação significa venda de dólar no mercado futuro, sem necessariamente afetar as reservas do País.

A intervenção — primeira no governo Lula — foi anunciada em um dia no qual a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 5,06. Os contratos de “swap”, mesmo sendo ofertados no mercado futuro, influenciam a cotação do dólar no mercado a vista.

A operação é usada pelo Banco Central para evitar fortes variações no mercado de câmbio.

O Banco Central explicou que isso é necessário diante dos efeitos do resgate de Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3 (NTN-A3), que são títulos atrelados ao câmbio.

A data do resgate está prevista para 15 de abril.

No leilão, o BC especifica o volume de contratos e a taxa de swap. Os participantes do mercado (como bancos e outras instituições financeiras) então oferecem lances com base nesses contratos.

Uma vez acordados, os contratos têm uma data de vencimento predeterminada, quando ocorrerá o ajuste financeiro entre as partes, baseado na variação da taxa de câmbio e das taxas de juros envolvidas.

Se o real se desvaloriza em relação à moeda estrangeira, o banco central paga a diferença aos detentores dos contratos; se o real se valoriza, os detentores dos contratos pagam a diferença ao BC.

Esse mecanismo permite uma intervenção indireta no mercado de câmbio, com impactos sobre a taxa de câmbio sem afetar as reservas de moeda estrangeira do País.

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