Segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de outubro de 2021
O governo dos Estados Unidos vai eliminar as restrições nas fronteiras terrestres com o México e Canadá até novembro, efetivamente reabrindo o país para o turismo depois de mais de um ano e meio. Contudo, apenas pessoas que estiverem vacinadas serão liberadas.
Confirmada em comunicado pelo Departamento de Segurança Interna, a decisão faz parte de um amplo pacote para liberar a entrada de turistas de 33 países, incluindo o Brasil e parte da União Europeia, nos EUA, anunciado no mês passado. Agora, pessoas poderão cruzar as fronteiras para viagens consideradas não essenciais, como para fazer compras ou visitar parentes, algo que desde março de 2020 não era permitido.
Mas os oficiais de imigração poderão barrar a entrada de quem não comprovar ter o ciclo vacinal completo com um dos imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde: Pfizer, AstraZeneca, Janssen, Moderna, Sinopharm e Coronavac. Ao contrário dos viajantes que chegam ao país por avião, aqueles que cruzarem a fronteira por terra não precisarão apresentar um teste negativo feito recentemente.
A data exata para a aplicação da medida não foi anunciada, e deve ser confirmada após conversas entre as autoridades de Washington, Cidade do México e Ottawa, que anunciou a reabertura de suas fronteiras para americanos já vacinados em agosto.
A partir de janeiro do ano que vem, as pessoas que tinham a entrada liberada, incluindo estudantes e pilotos de avião, também precisarão comprovar ter se vacinado antes de entrar nos EUA. O Centro de Controle de Doenças ainda não definiu como serão tratados os viajantes que receberam doses de vacinas diferentes.
Contudo, a nova regra não elimina um veto, ainda em vigor, relacionado a imigrantes que chegam ao país em busca de proteção ou oportunidade econômica, algo criticado até mesmo dentro do governo.
A retomada da bilionária indústria do turismo nos EUA era uma demanda de empresários e políticos americanos, que querem recuperar as perdas ocorridas em mais de um ano e meio de pandemia. De acordo com a Associação de Viagens dos EUA, o setor gerou US$ 600 bilhões em 2020, quase metade do total registrado em 2019.
Parlamentares ainda lembram do impacto econômico do fechamento sobre cidades fronteiriças, muitas delas dependentes do comércio com o país vizinho.
“Comunidades fronteiriças foram muito abaladas pelos fechamentos dos pontos de entrada”, afirmou ao The New York Times a deputada democrata Veronica Escobar. “Não apenas sofremos uma devastação sanitária em 2020, mas também uma devastação econômica que se prolongou demais por causa das fronteiras fechadas.”
A decisão também foi celebrada pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.
“A abertura da fronteira Norte foi anunciada, vamos voltar à normalidade em nossa fronteira Norte”, declarou durante entrevista coletiva.