Sábado, 18 de maio de 2024

“Eu incitando golpe? Com qual arma? Minha Bíblia poderosa?”, ironiza Michelle Bolsonaro ao comentar delação

Durante um evento do PL Mulher realizado no sábado (11), em Vitória (ES), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ironizou a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsnaro (PL).

“Recebi uma mensagem que meu enteado Duda [Eduardo Bolsonaro] e eu estávamos incitando o golpe. Eu incitando golpe? Com qual arma? Minha Bíblia poderosa?”, disse Michelle.

“Eu sei dar golpe e quero ensinar para vocês agora: jab, jab, direto, cruzado, up, esquiva, up”, continuou a ex-primeira-dama, encenando esses golpes de luta no palco do evento. Ela disse praticar o esporte todas as terças e quintas-feiras.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse à PF (Polícia Federal) que Michelle incitava o ex-presidente a não aceitar a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a dar um golpe de Estado.

Segundo a delação de Cid, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) formava, ao lado de Michelle e de aliados, um grupo que dizia que Bolsonaro teria o apoio da população e de pessoas armadas, como os Cacs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) para prosseguir com um golpe de Estado.

Em nota divulgada na sexta (10), a defesa do ex-presidente e da ex-primeira-dama afirmou que as acusações da delação de Cid não são amparadas em elementos de prova. A defesa disse que as acusações são “absurdas”, enquanto Eduardo alegou que a “narrativa não passa de fantasia, devaneio”.

Ainda na delação, Cid afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teria incentivado o pai a reconhecer o resultado das eleições de 2022 e a admitir a derrota para o petista.

Responsável pela investigação, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, declarou que Cid não apresentou provas do que disse à PF. “Não foram apresentadas provas. Nós estamos tentando buscar essas provas. A confirmação do que ele falou”, afirmou.

“Então, nós da Procuradoria-Geral da República pedimos uma série de exigências que podem vir a corroborar o que está na delação. Mas dizer que nós temos uma delação forte, que ela sustenta uma denúncia hoje, isso não existe. Amanhã, poderá existir”, concluiu o subprocurador-geral.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Prefeitura de Torres é condenada a pagar indenização por vazamento de efluentes no rio Mampituba
Ministro diz que Lula continua envolvido na busca de uma solução pacífica para a guerra entre Israel e Hamas
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play