Terça-feira, 24 de junho de 2025

General quatro estrelas dos Estados Unidos alerta para possível guerra contra China em 2025

Um general de quatro estrelas da Força Aérea dos Estados Unidos disse em um memorando que seu instinto lhe diz que o país vai entrar em guerra contra a China nos próximos dois anos. Funcionários do Pentágono disseram que os comentários não eram consistentes com as avaliações militares norte-americanas.

Em um memorando interno, divulgado pelas redes sociais e depois confirmado como genuíno pelo Pentágono, o chefe do comando de mobilidade aérea, general Mike Minihan, afirmou que o objetivo principal deve ser dissuadir e, se necessário, derrotar a China. De acordo com o general, a eleição presidencial em Taiwan, no próximo ano, dará ao presidente chinês Xi Jinping, um pretexto para agressão militar enquanto o governo dos Estados Unidos estará voltado para a sua própria disputa eleitoral pela Casa Branca.

O memorando também pede a todos os oficiais do Comando de Mobilidade que sigam para o campo de tiro, “disparem um pente” em um alvo e “apontem para a cabeça”.

O governo dos Estados Unidos mudou o reconhecimento de Taipé para Pequim em 1979, mas vende armas a Taiwan para a defesa da ilha. A China realizou grandes exercícios militares em agosto do ano passado, que foram considerados por analistas um treinamento para uma invasão após a desafiadora visita de solidariedade a Taipé da então presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi. Muitos congressistas americanos pedem o aumento da assistência a Taiwan, incluindo o envio de ajuda militar direta. Os parlamentares destacam que a invasão da Ucrânia pela Rússia mostra a necessidade de preparação antecipada.

Republicanos

“Espero que ele esteja errado… mas acho que ele está certo”, disse Mike McCaul, o novo presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. McCaul disse que se a China falhar em assumir o controle de Taiwan sem violência, então “eles vão considerar uma invasão militar em minha opinião. Temos que estar preparados para isso”.

O parlamentar republicano ainda acusou o governo democrata do presidente Joe Biden de projetar fraqueza, após a retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão, o que poderia tornar a guerra com a China mais provável.

Em resposta a um pedido de comentário, o brigadeiro-general da Força Aérea, Patrick Ryder, disse em comunicado que a competição militar com a China é um desafio central. “Nosso foco continua sendo trabalhar ao lado de aliados e parceiros para preservar um Indo-Pacífico de paz, livre e aberto”, disse ele.

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