Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 14 de maio de 2025
O governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que vai conceder a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, se ele for eleito presidente em 2026. A declaração durante entrevista à Globonews nessa quarta-feira (14).
O chefe do Executivo goiano está em Nova York (EUA) para participar de painéis da Brazil Week.
“Ronaldo Caiado, presidente da República: vou anistiar e começar uma nova história no Brasil”, afirmou o governador, antes de reiterar: “Caiado vai, chegando à presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda. E vamos discutir o problema de crescimento e de pacificação do País.”
A pauta da anistia é defendida pelo bolsonarismo, que vem organizando várias manifestações em defesa dos condenados no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos antidemocráticos que culminaram na invasão e na depredação da sede dos Três Poderes em Brasília.
Aliados também falam em uma “anistia completa”, incluindo o ex-presidente, os militares e os políticos envolvidos na trama.
No Congresso Nacional, com o texto do PL da Anistia travado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, há um projeto em elaboração sobre atenuação das penas dos presos pelos atos.
Caiado ressaltou ter sido o primeiro apoiador de Bolsonaro a falar sobre anistia, segundo ele, em fevereiro de 2024. “Falei que precisamos sair dessa crise, sair desse debate. Isso já cansou. São 2 anos e 7 meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia”, disse.
Segundo Caiado, ele tem como trunfo a favor de sua pré-candidatura para 2026 o fato de integrar o União Brasil, além de sua trajetória na política, iniciada em 1989, quando concorreu à eleição presidencial pelo extinto PDC. À época, ele teve cerca de 1% dos votos e viu Lula (PT) e Fernando Collor disputarem o 2º turno.
Ronaldo Caiado lançou sua pré-candidatura à Presidência da República no início de abril. Desde então, aparou arestas com o ex-presidente Jair Bolsonaro e vem participando de atos pela anistia realizados pelos bolsonaristas. Ele tenta viabilizar apoio a sua candidatura, em meio a uma disputa dentro do União Brasil.
Bolsonaro está inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Com a decisão, a Corte declarou Bolsonaro inelegível por oito anos, até 2030. (Com informações do Estado de S. Paulo)