Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 15 de março de 2023
O governo federal publicou a lista com os nomes dos novos superintendentes regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A troca dos comandos nos 26 Estados e no Distrito Federal busca retomar na corporação uma pauta operacional, alheia a bandeiras políticas depois do período de alinhamento ao bolsonarismo.
Em janeiro, o exonerou os superintendentes em todo o País. Os nomes dos substitutos foram publicados no Diário Oficial da União. Alguns já vinham trabalhando interinamente. Em outras unidades, o comando ficou a cargo de superintendentes “temporários”, que assumiram provisoriamente a função enquanto o governo analisava os currículos e fazia sua escolha final.
O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, tomou posse no mês passado com a promessa de afastar a corporação de bandeiras políticas e recuperar a imagem da instituição, desgastada na gestão Jair Bolsonaro (PL). Ele participou ativamente das nomeações dos superintendentes.
O novo superintendente no Paraná, Fernando César Oliveira, afirmou que pretende reafirmar a Polícia Rodoviária Federal como “uma polícia de Estado, comprometida com suas atribuições legais”. “Sem promoção pessoal nem qualquer tipo de proselitismo ideológico ou religioso”, disse.
Em sua primeira declaração oficial, o inspetor Edson José Almeida Júnior, que assume como superintendente em São Paulo, prometeu trabalhar pelo “fortalecimento institucional”.
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Nos últimos quatro anos, a Polícia Rodoviária Federal esteve no centro de polêmicas. A primeira foi o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado com gás lacrimogêneo e spray de pimenta no porta-malas de uma viatura em Sergipe. Ele morreu após ficar 11 minutos exposto a gases tóxicos e impedido de sair da viatura da PRF.
A segunda foram as operações no segundo turno da eleição. A PRF desobedeceu ao comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e abordou ônibus de passageiros no dia da votação, sobretudo no Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por fim, o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, virou alvo de investigação por suspeita de se omitir no enfrentamento de grupos bolsonaristas que ocuparam rodovias federais em protesto contra o resultado da eleição de outubro. Ele usou as redes sociais para pedir votos em Bolsonaro.