Segunda-feira, 30 de junho de 2025

Governo investiga se carteira de vacinação de Bolsonaro foi adulterada

A Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou nessa sexta-feira (17) que está investigando uma denúncia de “adulteração” do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em nota, a CGU informou que a apuração está sob sigilo.

O jornal informa, na reportagem, que teve acesso a uma troca de documentos entre a CGU e o Ministério da Saúde.

Vinícius de Carvalho, ministro da CGU, confirmou à CNN Brasil a existência de uma troca de ofícios entre a CGU e o Ministério da Saúde questionando se Bolsonaro teria recebido uma dose da vacina Janssen no dia 19 de julho de 2021.

“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, pontuou.

Segundo o jornal, a CGU pede informações sobre o registro de vacina contra a covid aplicada em Bolsonaro. Mais especificamente, ainda de acordo com a reportagem, a CGU pede ao ministério “dia e hora em que foi registrada a aplicação” da vacina que Bolsonaro teria tomado em 19 de julho de 2021, na UBS Parque Peruche, em São Paulo (SP).

O jornal diz que os documentos não indicam se esses dados foram ou não inseridos de maneira fraudulenta no cartão virtual de Bolsonaro. A publicação lembra ainda que um grupo hacker vazou na internet o que seria o cartão de vacinação do ex-presidente e, nele, constava que Bolsonaro havia sido vacinado no dia 19 de julho de 2021.

O ministro explicou que, a partir de uma denúncia realizada no ano passado de que haveria adulteração, foi aberta investigação sobre o assunto no dia 30 de dezembro.

“Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu”, destacou.

Sigilo

Bolsonaro decretou sigilo de ao próprio cartão de vacinação e qualquer informação sobre as doses de vacinas que ele possa ter recebido. A justificativa é que se trata de informação privada do ex-presidente.

Ao assumir a presidência, Lula determinou à CGU que analise todos os sigilos impostos pelo governo Bolsonaro. A intenção é que aqueles que estiverem em desacordo com a legislação sejam derrubados.

Um dos sigilos que a CGU analisa é justamente o imposto por Bolsonaro ao cartão de vacinação. De acordo com O Estado de S. Paulo, a apuração sobre adulteração pode adiar a decisão da CGU sobre esse caso.

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