Domingo, 19 de maio de 2024

Heptacampeão da Fórmula 1, o piloto britânico Lewis Hamilton quer implantar seu projeto social no Brasil

O piloto inglês Lewis Hamilton quer atuar mais diretamente no Brasil, que em 2022 lhe concedeu status de “Cidadão Honorário”. Uma das atrações do Grande Prêmio de Interlagos (SP), neste domingo (5), o heptacampeão mundial da Fórmula 1 revelou, em entrevista à imprensa paulista, que planeja criar no País uma base de seu projeto social, denominado “Mission 44”, mesmo nome da sua organização sem fins lucrativos.

Ele disse, ainda, que algumas das crianças que ele atende na capital britânica Londres estarão por aqui no fim de semana para acompanhar de perto o Grande Prêmio de São Paulo da Fórmula 1, que será disputado neste domingo (5) no Autódromo de Interlagos. “Quero mostrar a elas uma realidade que também pode ser possível no futuro”, acrescentou a estrela da escuderia Mercedes-Benz.

No mesmo bate-papo,  Hamilton abriu o jogo sobre as dificuldades que ele e sua equipe vêm enfrentando na F-1 ao longo das duas últimas temporadas. Admitiu que a categoria não ocupa mais o pináculo da tecnologia em algumas áreas técnicas e comentou sua vida fora das pistas e depois que se aposentar das corridas – daqui a dois meses, ele completará 39 anos.

Principais trechos

– “Acho que vem sendo uma temporada interessante. A passada foi dura em diferentes níveis. E um deles era o próprio carro, tão difícil de ser pilotado e de trabalhar com ele. Não apenas para mim, mas para toda a equipe. São coisas que as pessoas mal sabem. Mas, num treino livre, de apenas uma hora, para fazermos qualquer mudança no carro, temos apenas de oito a 15 minutos. Então, não dá para fazer muitas mudanças ao longo de um treino. Os mecânicos têm dificuldade para mexer no carro porque não têm acesso, não podem abrir o carro. O carro do ano passado não era um carro agradável de pilotar”.

– “Começamos o ano esperando que tivéssemos aprendido muitas lições com o carro do ano passado. Esperávamos que fosse um pouco melhor, mas não foi o caso. Trabalhamos duro para fazer o carro melhorar. Conseguimos obter consistência e confiabilidade. Mas não conseguimos brigar novamente pelas primeiras posições durante toda a temporada. Fizemos muitos avanços, um deles no GP dos Estados Unidos. Foi um momento muito positivo para mim, com as atualizações que tivemos no carro. Foram dois segundos lugares seguidos, embora um deles tem sido a desclassificação (em Austin). Eu quero mais, quero desenvolver ainda mais este carro. E estou rezando para que este carro goste da pista de Interlagos”.

– “A cada ano, eu cresço como piloto. Quando tinha 22 anos, eu era tão jovem que não sabia o quanto poderia me envolver no desenvolvimento do carro. Me sentia apenas um piloto. Claro que fazia comentários sobre o carro, o que sentia. Mas eu não tinha toda a informação para saber como desenvolver um carro. E agora tenho o conhecimento de como liderar um time, de como estimular as pessoas e colocar todas juntas no mesmo projeto”.

Filantropia

– “Há tempos que venho pensando em meu futuro após as pistas. Eu já conheci muitos atletas do passado e do presente que conversaram comigo sobre suas preocupações com a aposentadoria. Teve aqueles que pararam muito cedo, outros, tarde demais. A maioria não estava preparada para o que aconteceria na aposentadoria. Foi por isso que há sete anos comecei a pensar sobre as coisas e as causas que me apaixonam. Conhecer e testar coisas diferentes e descobrir coisas em que posso ser bom, em que posso colaborar com outras pessoas. Olhar para o mercado para ver as lacunas, como aconteceu no caso da tequila. E comecei a ver onde eu poderia ter um impacto positivo. Há tanto a fazer”.

– “Com a ‘Mission 44’, minha organização sem fins lucrativos, com certeza me dedicarei mais ao projeto, buscar arrecadar mais fundos. Vamos inclusive ter um grupo de crianças carentes atendidas no Brasil. Quero mostrar a elas uma realidade possível (que elas podem alcançar também). Quero criar uma base da Mission 44 aqui no Brasil, trabalhando com as escolas. É um sonho que tenho. E não apenas aqui. Quero levar para a África também. A ideia é colocar o plano em prática dentro de um prazo de dois anos”.

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