Terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 7 de novembro de 2024
As ações estratégicas para impulsionar a transição das companhias para modelos de negócios mais sustentáveis e resilientes dentro de um contexto de transformação mundial estiveram em debate no Diálogos da MEI – Mobilização Empresarial pela Inovação. Com o tema Construção de uma Indústria Verde e Resiliente, o evento ocorreu nesta quarta-feira (6), na Fiergs, em uma promoção conjunta com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). “É um fórum empresarial com o desafio imenso de trazer conhecimento e valor agregado para dentro de nossas empresas”, afirmou o diretor do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs) e coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia da Fiergs, Marcus Coester.
O superintendente de Projetos de Inovação da CNI, Carlos Bork, destacou que a organização do evento, em sua retomada no formato presencial, fez questão de realizá-lo no Estado após as enchentes. Como uma forma de apoio, mas também para dialogar e aprender, e quais as ações realizadas pelos gaúchos podem surgir nos debates como soluções e pautas significativas que ao menos minimizem catástrofes climáticas que ocorrem no mundo. “O principal detalhe é que estamos em um momento que temos que tomar decisão analisando aspectos culturais, tecnológicos, ambientais e sociais de tal forma que consigamos impactar e afetar positivamente as próximas gerações. Essa é nossa principal missão: o que deixar para as próximas gerações”, ressaltou, lembrando que muitos setores econômicos, entre eles a indústria, já preparam a descarbonização de seus processos.
O coordenador da MEI e vice-presidente sênior da Siemens Energy para a América Latina e vice-presidente da Siemens Energy Brasil, André Clark, afirmou que a discussão sobre mudanças climáticas e seus efeitos já deixou de ser apenas um tema ambiental para virar um tema político. Em sua apresentação sobre Oportunidades da transição energética no Brasil, que ele considera uma potência na área, Clark chamou a atenção para as diferentes alternativas que se apresentam ao país, ainda mais diante de um momento em que a economia mundial se transforma.
André Clark ainda apresentou a MEI, um movimento de lideranças empresariais coordenado pela CNI criado em 2008 com o objetivo de disseminar a agenda de inovação entre as empresas brasileiras e de buscar a maior efetividade das políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação. A MEI conta com mais de 500 empresas integradas. Algumas iniciativas nacionais importantes tiveram o apoio da MEI, como a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e a rede de Institutos Senai de Tecnologia e Inovação.
O Diálogos MEI desta quarta-feira contou com dois painéis. O primeiro, Inovação sustentável como vetor de competitividade, teve a participação do diretor de operações da Marcopolo, Luciano Resner, do diretor de pesquisa e desenvolvimento da Tupy, André Ferrarese, e do executivo de inovação de emissões zero da Embraer, Vinicius Di Nucci Pereira. A mediação foi do diretor de tecnologia e inovação e reitor do Senai-Cimatec, Leone Andrade. Todos relataram como o tema inovação sustentável foi incorporado em suas empresas. Resner citou entre as iniciativas da Marcopolo, 12 ônibus elétricos que circulam na frota de Porto Alegre, micro-ônibus abastecidos com bioetano e ônibus adquiridos pela Universidade de São Paulo (USP) movidos a hidrogênio verde.
No segundo painel, a presidente da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), Daniela Eckert, o gestor executivo do Tecnosinos e de tecnologia e Inovação da Unisinos, Silvio Bitencourt da Silva, o superintendente da Finep, Newton Hamatsu, e o gerente de inovação e estratégia industrial do BNDES, Fabrício Brollo Dunham, trataram sobre Como o ecossistema de inovação pode apoiar a jornada das empresas rumo à economia verde. A mediação foi do coordenador do Citec, Marcus Coester.