Sábado, 20 de abril de 2024

Inflação pelo IGP-M desacelera a 0,02% em novembro após alta de 064% em outubro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,02% em novembro, após alta de 0,64% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo do piso da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,15% para o indicador. A mediana era de 0,30%.

A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M desacelerou de 21,73% para 17,89%, também abaixo do piso da pesquisa Projeções Broadcast, de 18,04%. A mediana era de 18,24%.

Com o resultado de novembro, o IGP-M acumulado em 12 meses fica abaixo de 20% pela primeira vez desde setembro de 2020 (17,94%). O índice acumula alta de 16,77% em 2021.

Aberturas

A desaceleração do IGP-M foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que teve deflação de 0,29% no mês, após alta de 0,53% em outubro. O índice de preços no atacado acumula inflação de 19,43% em 2021 e de 20,51% nos 12 meses encerrados em novembro.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) desacelerou de 1,05% em outubro para 0,93% em novembro. A inflação ao consumidor em 2021 está em 8,41%, enquanto a taxa acumulada em 12 meses atingiu 9,73%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou de 0,80% em outubro para 0,71% em novembro, conforme já havia sido divulgado pela FGV na última quinta-feira (25). O indicador acumula alta de 13,68% em 2021 e de 14,69% em 12 meses.

PIB

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que a economia vai desacelerar com força em 2022, mas pontuou que as previsões de que não haverá crescimento estão exageradas, ao passo que a inflação vai incomodar mais.

Ao participar presencialmente do Encontro Nacional da Indústria da Construção, ele avaliou que o avanço inflacionário é do “tipo chato” e “indigesto”, ligado a um choque adverso de oferta.

“Desacelera sim. Por isso que a gente não vai crescer 4,5% ou 5% de novo, vai crescer bem menos. Mas partir daí para dizer que vai ter recessão é a turma da falsa narrativa, não é isso que vai acontecer, vai dar desacelerada forte”, afirmou.

Guedes disse que ficará tranquilo com a inflação quando os juros básicos estiverem à frente do avanço de preços na economia.

“Hoje nós estamos com a inflação ainda na frente dos juros… na hora que você tiver o juro real funcionando a coisa começa a amainar de novo”, afirmou.

O ministro elogiou em seguida o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e indicou que a política monetária “leva um tempo para funcionar”.

“Eu sou da geração antiga que era à machadada. Na época do Paul Volcker (ex-presidente do BC norte-americano), você dava uma pancada nos juros de uma vez só, vendia bilhões de dólares de reserva, afundava o câmbio logo. Mas é outra geração, tem hoje toda uma metodologia de combate que é baseada nas metas de inflação, no aviso, justamente pra não causar muito desacerto, muita turbulência na economia”, disse.

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