Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Influenciador digital Renato Cariani consegue liberação de passaporte na Justiça de São Paulo

O influenciador fitness, Renato Cariani, que é réu em um processo em que é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais, conseguiu a primeira vitória desde que passou a ser investigado. Em decisão desta segunda-feira (15), a Justiça de São Paulo autorizou a liberação do seu passaporte.

Com a decisão, Renato Cariani passa a ter o direito de deixar o País para atividades profissionais, desde que avise a justiça com no mínimo 15 dias de antecedência e que apresente as passagens de ida e retorno.

Desde fevereiro deste ano, quando a Justiça aceitou a denúncia formulada pelo Ministério Público de São Paulo, o influenciador estava com o documento suspenso nos bancos de dados da Polícia Federal, o que o impedia de deixar o país.

A decisão é uma resposta a um pedido da defesa do influencer, que é representado pelos advogados Aldo Romani e José Eduardo Cardozo.

Os advogados justificaram que a “apreensão do passaporte implica evidente e desproporcional prejuízo ao paciente, cuja atuação profissional já severamente impactada pela repercussão das investigações”, segundo trecho do documento.

No entendimento da Justiça, ainda que os fatos investigados possam ser considerados graves, Cariani “tem se mostrado colaborativo em relação às investigações e ao processo criminal”, diz o documento.

“Em outras palavras, não houve por parte do denunciado a prática de qualquer ato que indicasse sua inclinação em influenciar de maneira negativa a apuração das imputações ou se furtar à aplicação da lei penal”, diz a decisão.

Relembre o caso

Renato Cariani foi um dos alvos da operação Hinsberg, desencadeada pela PF em dezembro de 2023.

A investigação revelou um esquema que funcionou entre 2014 e 2020, no qual a empresa do influenciador, a Anidrol Produtos para Laboratórios LTDA, emitiu notas fiscais fraudulentas simulando a venda de insumos para farmacêuticas, entre elas a AstraZeneca.

Durante a investigação, a polícia desvendou a trama que contava com “laranjas” que realizavam depósitos em espécie para os fornecedores, como se fossem funcionários das farmacêuticas.

A cadeia de fornecimento envolvia traficantes que desviavam os insumos para a refino e adulteração de cocaína e crack.

Em fevereiro deste ano, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo, sendo que Cariani e outras quatro pessoas se tornaram réus no processo. Desde então, o caso segue os ritos processuais.

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