Sábado, 20 de abril de 2024

Instagram lança função de proteção a jovens

O aplicativo de fotos Instagram disse que será mais rígido com os tipos de conteúdo que recomenda aos adolescentes – a empresa quer evitar que os jovens se concentrarem em um tópico por muito tempo na plataforma. O anúncio acontece na véspera de uma audiência no Senado americano, em que Adam Mosseri, diretor do Instagram, deve testemunhar sobre a proteção de crianças na rede social.

Mosseri informou que o Instagram desativou a capacidade dos usuários marcarem ou mencionarem adolescentes que não os seguem no aplicativo. A partir de janeiro, os usuários adolescentes também poderão excluir em massa seu conteúdo, curtidas e comentários anteriores.

Além disso, a rede social está explorando controles para limitar conteúdo potencialmente prejudicial ou sensível sugerido aos adolescentes por meio das funções de pesquisa, hashtags, vídeos curtos e “Contas sugeridas”, bem como na página “Explorar”, de curadoria de publicações.

A companhia também anunciou o lançamento da função “Take a Break”, que lembra os usuários de fazerem uma breve pausa no aplicativo após usá-lo por um determinado período de tempo. Por enquanto, o recurso está disponível apenas nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália.

A empresa disse que em março do ano que vem lançará as primeiras ferramentas para pais e responsáveis ​​verem quanto tempo seus filhos passam no aplicativo. O recurso também permitirá a definição de limites de tempo.

Desde setembro, o Instagram sofre pressão após documentos internos do Facebook mostrarem que a empresa é negligente com o conteúdo de suas plataformas e falha em garantir a segurança de usuários, sobretudo crianças e adolescentes. Os arquivos foram vazados por Frances Haugen, ex-funcionária da companhia – as primeiras reportagens foram inicialmente publicadas pelo jornal americano Wall Street Journal. Em meio ao escrutínio, o Instagram pausou o desenvolvimento da versão do app para crianças: criticado por pais, especialistas e reguladores, o projeto será reavaliado “em uma data posterior”, disse o Facebook.

Pedido à Zuckerberg

Nesta segunda-feira, 6, um grupo de 300 pesquisadores enviou uma carta aberta para Mark Zuckerberg, pedindo que o Facebook permita o acesso de documentos e estudos relacionados aos efeitos do Facebook e Instagram na saúde mental de adolescentes.

Segundo a carta, os pesquisadores afirmam que os estudos foram publicados apenas em fragmentos e que o Facebook precisa se comprometer a tratar o assunto com mais transparência.

“Não acreditamos que as metodologias vistas até agora atendam aos elevados padrões científicos necessários para investigar com responsabilidade a saúde mental de crianças e adolescentes”, afirma o documento assinado pelos pesquisadores.

O assunto surgiu com mais força após uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal com documentos vazados. Em um dos estudos, a empresa conclui que suas redes sociais contribuem para problemas de autoestima de adolescentes e que uma em cada três meninas que se sentem mal com o próprio corpo ficam ainda pior quando acessam o Instagram.

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