Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de junho de 2025
A Força Aérea Israelense realizou um ataque no Irã na madrugada de sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã.
Em seu discurso, Netanyahu afirma que o principal alvo é a usina iraniana de Natanz, considerada “o coração do programa de enriquecimento” de urânio. Ele afirma que cientistas que participam do programa nuclear do país também foram alvejados.
O primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter “a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel” e que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários”.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência no país e afirmou que o espaço aéreo israelense foi fechado como medida para evitar ataques retaliatórios.
“Há poucos instantes, dezenas de jatos da IAF (Força Aérea Israelense)completaram a primeira fase que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã”, disseram as Forças de Defesa de Israel, em comunicado.
O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir 15 ogivas nucleares em questão de dias, e o regime iraniano está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba.
Os ataques desta noite têm “dezenas” de alvos em todo o Irã, segundo Tel Aviv.
Segundo os israelenses, o programa nuclear iraniano constitui uma ameaça à existência de Israel.
As autoridades iranianas suspenderam todos os voos partindo e com destino ao aeroporto de Teerã. Segundo a Reuters, o governo iraniano conduz uma reunião de emergência momentos após o ataque.
EUA esvaziam embaixadas
Na quarta, os Estados Unidos haviam começado a esvaziar embaixadas no Oriente Médio devido ao risco de ataques entre os dois países causarem distúrbios na região.
Em abril, de acordo com o jornal “The New York Times”, o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para bombardear instalações nucleares do Irã. À época, Trump afirmou que qualquer ação militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois países.
Nos últimos dias, no entanto, o presidente tem demonstrado pessimismo em relação ao acordo. Ao “New York Post”, ele disse estar “muito menos confiante” de que um tratado será fechado.