Terça-feira, 23 de abril de 2024

James Franco interpretará Fidel Castro em filme sobre sua “filha rebelde’

O ator americano James Franco viverá Fidel Castro em “Alina de Cuba”, filme independente que conta a história da “filha rebelde” do líder cubano.

“O diretor queria alguém que parecesse fisicamente com Fidel Castro e que tivesse seu carisma”, disse o produtor John Martinez O’Felan. Ele contou que analisou perfis de atores latinos com ascendência ibérica, mas no fim das contas decidiu por Franco.

“Alina de Cuba” será dirigido por Miguel Bardem, primo do ator espanhol Javier Bardem. Com produção prevista para iniciar em 15 de agosto e terminar até o fim do ano, o longa será filmado na Colômbia.

Ana Villafañe, conhecida por interpretar Gloria Estefan no musical de teatro “On Your Feet!”, encarnará Alina Fernández, a filha extraconjugal de Castro com a também cubana Natalia Revuelta Clews, que será vivida pela argentina Mía Maestro.

Alina Fernández, hoje com 66 anos, vive em exílio desde a década de 1990, quando deixou a ilha. A opositora da revolução cubana está radicada em Miami e é autora do livro autobiográfico “Alina: Memória da Filha Rebelde de Fidel Castro”.

Acusações de assédio

“Alina de Cuba” será o segundo trabalho do ator de 44 anos, indicado ao Oscar, desde que ele foi denunciado por assédio sexual e condutas impróprias em 2018. Franco foi acusado por cinco mulheres de explorá-las durante cenas de nu em sua escola de atuação Studio 4, em Hollywood.

Segundo as acusações, ele pedia às estudantes para dançar ao seu redor de topless em uma cena sem roteiro, fazendo “crer que havia papéis disponíveis em troca de atos sexuais ou de tirar a blusa”.

Em uma entrevista em dezembro do ano passado, Franco rompeu o silêncio sobre o assunto e disse que reconhecia ter assediado alunas de sua escola de cinema.

Representatividade

A escolha de Franco foi criticada pelo ator John Leguizamo, um defensor da representação latina em Hollywood. Em suas redes sociais, ele questionou sobre porque isso ainda “ainda acontece? Como Hollywood nos exclui e também rouba nossas narrativas? Chega de apropriação, Hollywood e plataformas de streaming! Boicote! Isso é uma merd*! E é uma história muito difícil de contar sem enaltecimento [a Fidel], o que seria errado! Eu não tenho problemas com Franco, mas ele não é Latino!”, escreveu o ator.

Em 2020, ele falou sobre o assunto para a revista People: “Somos menos de 1% das histórias contadas por Hollywood e plataformas de streaming quando somos quase 20% da população, 25% da bilheteria dos cinemas nos Estados Unidos. Eu sinto que é um prejuízo para as crianças, não se verem representadas de um modo positivo.”

 

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