Sábado, 05 de outubro de 2024

Juiz tem carro cercado e é executado a tiros em Pernambuco

Um juiz foi assassinado a tiros no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE), na noite da última quinta-feira (19).

Paulo Torres Pereira da Silva tinha 69 anos e, segundo a investigação do caso, dirigia o próprio carro quando foi cercado por um veículo vermelho onde estavam criminosos armados, que dispararam várias vezes contra ele e fugiram em seguida.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada. No entanto, quando os socorristas chegaram ao local, o juiz já estava morto. Ele foi executado a 300 metros do prédio onde morava.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Paulo Silva atuava na 21ª Vara Cível do Recife e já trabalhou como desembargador substituto. Ele tinha mais de 30 anos de magistratura.

O carro do juiz bateu em um muro no local do crime. O veículo foi levado para a Unidade de Transporte e Oficina (Unitof) da Polícia Civil, localizada no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife, para passar por perícia.

Embora testemunhas ainda não tenham sido ouvidas oficialmente, a delegada Euricélia Nogueira, que estava de plantão no momento do crime, afirmou que conversou informalmente com familiares da vítima. Segundo os parentes, o juiz levava uma rotina tranquila e costumava caminhar todos os dias na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, também no Grande Recife.

Ainda de acordo com parentes, ele não tinha carro blindado e costumava andar com as janelas abertas.

“A perícia realizada no local não identificou nenhuma marca de tiro no veículo. Não houve subtração de bens que ele costumava andar, mas ainda não se sabe se algo foi levado. No local foi encontrado o celular da vítima, uma toalha e uma garrafa d’água. Segundo familiares, eram os bens que ele costumava andar”, afirmou a delegada.

Foram coletadas imagens de câmeras de segurança próximas ao local do crime, a cerca de 300 metros da casa do juiz. Os circuitos de segurança e o resultado da perícia serão entregues ao delegado Roberto Ferreira, titular da 12ª Delegacia de Polícia de Homicídios, responsável pela investigação.

“Saímos procurando câmeras de vigilância no local para a gente entender a dinâmica do que aconteceu ali naquela ocorrência. […] As imagens já estão sendo coletadas, [algumas] já foram providenciadas ontem ainda e hoje pela amanhã também. Todas as imagens dali, de rota de fuga, estão sendo coletadas”, disse Euricélia Nogueira.

Segundo o delegado Roberto Ferreira, que ficará responsável pela investigação, nenhuma linha de investigação está descartada até o momento.

“Nós daremos início a investigação de seguimento, ou seja, a intimação de testemunhas, familiares e a análise de provas técnicas. Após a coleta de todos esses dados, nós poderemos levantar alguma linha de investigação. Nesse momento, é prematuro que a gente feche qualquer tipo de hipótese. Nós iremos avaliar todas as linhas de investigação”, afirmou o delegado.

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