Sábado, 18 de maio de 2024

Lula conversa com líderes internacionais Bill Clinton, António Costa e Miguel Díaz-Canel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou ao telefone nesta segunda-feira (9), com três líderes internacionais que prestaram solidariedade ao Brasil pelos atos golpistas. No domingo (8), a ofensiva dos radicais resultaram na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

“Conversei por telefone com o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que lamentaram os atos golpistas de ontem e manifestaram sua solidariedade com o povo brasileiro”, publicou Lula no Twitter.

Lula também conversou por telefone com o presidente americano, Joe Biden.

De acordo com uma nota divulgada pelo governo dos EUA, Biden deu apoio dos EUA à democracia do Brasil e ao livre arbítrio do povo brasileiro, “conforme expresso nas recentes eleições presidenciais do Brasil, vencidas pelo presidente Lula”.

Biden condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder, segundo o texto.

Na conversa, os dois se comprometeram a trabalhar juntos nas questões enfrentadas tanto pelos EUA como Brasil, incluindo mudança climática, desenvolvimento econômico e paz e segurança.

Veja a íntegra da nota do governo dos Estados Unidos:

“O presidente Biden e o presidente Lula conversaram por telefone nesta tarde. O presidente Biden transmitiu o apoio inabalável dos Estados Unidos à democracia do Brasil e à vontade do povo brasileiro, conforme expresso nas recentes eleições presidenciais do Brasil, vencidas pelo presidente Lula.

O presidente Biden condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder. Os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos nas questões enfrentadas pelos Estados Unidos e pelo Brasil, incluindo mudança climática, desenvolvimento econômico e paz e segurança.

Lula foi convidado por Biden a visitar a capital norte-americana, Washington, no início de fevereiro para consultas aprofundadas sobre uma ampla agenda compartilhada, e o presidente Lula aceitou o convite.”

Reunião extraordinária

O presidente do Chile, Gabriel Boric, convocou uma reunião extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) nessa segunda para tratar dos distúrbios no Brasil, onde apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes.

Boric, falando ao lado do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, do lado de fora do palácio presidencial de La Moneda, em Santiago, chamou o episódio violento de domingo de “inaceitável” e também condenou o “silêncio cúmplice”.

“Esta situação é preocupante para nossos países, nossa região tem que ter uma posição clara”, disse Boric, acrescentando que o objetivo da reunião é que “os demais países da região possam se posicionar”.

Petro e Boric, ambos presidentes de esquerda que assumiram o poder no ano passado, enfatizaram seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o cargo em 1º de janeiro após derrotar Bolsonaro.

Petro, um ex-rebelde e primeiro presidente de esquerda da Colômbia, comparou o ataque ao golpe chileno de 1973 contra Salvador Allende.

“Hoje existem aqueles que gostariam de nos trazer de volta aos tempos de Allende”, disse Petro, observando uma resistência histórica aos governos de esquerda na região.

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