Sábado, 08 de novembro de 2025

Mais de dez anos após matar o filho recém-nascido, mulher é condenada a 19 anos de prisão no interior do RS

O Tribunal do Júri de Cachoeira do Sul, na Região Central do RS, condenou a 19 anos de prisão, em regime fechado, uma mulher que matou o seu filho recém-nascido no município.

O crime ocorreu em agosto de 2015, quando a ré, após dar à luz em casa, colocou o bebê em um saco plástico e o jogou em um açude, ainda vivo. Laudos periciais indicaram que a criança nasceu com vida e foi vítima de asfixia e afogamento.

Após o assassinato, a mulher se entregou à polícia e alegou, em depoimento, que a criança havia nascido morta, razão pela qual teria resolvido descartar o corpo.

A sentença, proferida na quinta-feira (6), reconheceu a prática de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra descendente, além da causa de aumento de pena por se tratar de vítima menor de 14 anos.

Durante o julgamento, o MP (Ministério Público) sustentou a acusação com base nas provas colhidas ao longo do processo, incluindo os laudos técnicos que comprovaram que a criança nasceu com vida e os meios utilizados para a prática do crime.

O promotor de Justiça Átila Castoldi Kochenborger, que atuou em plenário, destacou a gravidade do crime e a resposta da sociedade por meio do veredicto. “O Ministério Público atuou, desde o início do processo, com firmeza para garantir que esse crime hediondo não ficasse impune. A decisão do Tribunal do Júri reflete a repulsa da comunidade diante de condutas que atentam contra os valores mais fundamentais da convivência humana, em especial a morte premeditada de um bebê”, declarou.

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