Sábado, 04 de maio de 2024

Manifestantes detidos em acampamento lotam ginásio em Brasília

Cerca de 1,2 mil manifestantes contrários ao governo que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foram levados para o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal, na tarde desta segunda-feira (9). O grupo foi detido durante o desmonte do acampamento, em operação realizada pela Polícia Militar (PMDF) e o Exército, pela manhã.

A ação cumpriu decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a tomada de medidas para acabar com acampamentos golpistas após atos terroristas com invasão do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto

Os manifestantes que estavam no acampamento nesta segunda ocuparam mais de 50 ônibus e, inicialmente, foram levados para a Superintendência da PF. No começo da tarde, foram encaminhados ao ginásio, onde formaram uma longa fila e passaram por triagem.

Assim que desceram dos ônibus, os bolsonaristas e seus pertences foram revistados. Nas imagens, é possível ver alguns carregando malas, e outros sentados dentro do ginásio.

Decisão de Moraes

A decisão de desmontar o acampamento foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes após os ataques terroristas às sedes dos Três Poderes, no domingo (8). Os criminosos estavam reunidos no acampamento antes dos atos. Pouco depois das 9h desta segunda, participantes começaram a ser retirados do local, em cerca de 40 ônibus.

Segundo a decisão de Moraes, a operação deveria ser realizada pelas Polícias Militares dos Estados e Distrito Federal, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal, se necessário. A decisão deveria ser efetivada e auxiliada tanto pelo governador do DF quanto pelo comandante militar do QG.

Resumo dos ataques

Terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF.

O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.

Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.

Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído.

Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do ex-secretário de segurança pública do DF, que também é ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília.

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por, pelo menos, 90 dias. Quem assumiu o cargo foi a vice, Celina Leão (PP).

Segundo a Polícia Civil, mais de 300 pessoas foram presas por participação nos atos.

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