Sábado, 22 de março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 9 de setembro de 2023
Em meio às notícias de acordo para delação premiada entre a Polícia Federal e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, Michelle Bolsonaro falou nesta quinta-feira sobre “perseguição” e “injustiça”. Durante um culto realizado em Brasília, no feriado de Sete de Setembro, a ex-primeira-dama subiu ao altar da igreja para orar com os presentes, em lágrimas e coberta com a bandeira do Brasil nas costas.
“(…) Primeira vez que eu olhei a bandeira do Brasil cair no chão, porque é tão vivo, é tão forte. Mas, amados, a gente não pode perder a esperança. Nossa esperança está em Cristo Jesus. Eles vão nos atacar. O Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que nós seríamos perseguidos. Todos aqueles que tivessem Cristo como o Senhor salvador seriam perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados, mas eu sei em quem eu tenho crido.”
Atual presidente do PL Mulher, Michelle compareceu ao evento na companhia do ex-presidente e de aliados. Ao lado do casal na primeira fila estavam o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Helio Lopes (PL-RJ), que compartilharam registros da celebração nas redes.
Delação de Mauro Cid
Um dos principais auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro nos quatro anos de governo, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid teve seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal homologado neste sábado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, será solto, mas obrigado a usar tornozeleira eletrônica.
Na prática, a decisão representa o aval da Justiça para que o tenente-coronel colabore com investigações que envolvem ele e o ex-titular do Palácio do Planalto em troca de benefícios, como redução ou perdão judicial em caso de condenação.
Em posse do celular do ex-ajudante de ordens, a PF só aceitou seguir com a negociação de um acordo se Cid relatar todos os fatos que pesam sobre o ex-presidente, indicando a participação de outros envolvidos. Ou seja, o acordo não se limita a apenas confessar seus crimes, mas a apontar o papel de todos os envolvidos, entre eles, o ex-presidente.
Cid, que é tenente-coronel da ativa do Exército, está preso desde o dia 3 de maio e é alvo de suspeitas que envolvem fraude em cartões de vacinação, venda irregular de presentes dados ao governo brasileiro e tramas para um possível golpe de estado no país.