Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de outubro de 2023
O Ministério da Saúde informou que pagou R$ 2 mil de cachê ao grupo que fez uma dança erótica em um evento organizado pela pasta na última semana, em Brasília. As informações são do portal Metrópoles.
A polêmica apresentação ocorreu em 5 de outubro, durante o intervalo do 1º Encontro de Mobilização para Promoção da Saúde no Brasil, organizado pelo Ministério da Saúde. Pelas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver uma dançarina rebolando e mostrando a calcinha ao som da música “Batcu”, de Aretuza Lovi com participação de Valesca Popozuda.
O evento foi organizado pelo Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, com objetivo de promover a implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde.
Conforme a informação do ministério, o pagamento de R$ 2 mil refere-se à remuneração do grupo no qual a dançarina responsável pela performance faz parte. A pasta não informou sobre o número de pessoas que integram o grupo e a forma como o valor foi distribuído entre os integrantes.
No último sábado (7), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou o afastamento do diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, setor responsável pelo evento.
Em um comunicado veiculado nas redes oficiais do Ministério, Nísia chamou a situação de “fato inadmissível”.
Segundo ela, o diretor assumiu integralmente a responsabilidade pelo ocorrido.
“Infelizmente, eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho, por meio desse vídeo, me desculpar muito sinceramente pelo ocorrido e reiterar o compromisso do Ministério da Saúde de que seus eventos reflitam a conduta e a orientação da Pasta da Saúde e do Governo liderado pelo presidente Lula”, disse Nísia, ao finalizar o pronunciamento.
Considerada ‘erótica’ e ‘inapropriada’, a coreografia foi criticada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, e especulava-se que os servidores envolvidos no evento seriam exonerados.
Pimenta se manifestou em suas redes sociais dizendo que ninguém na gestão Lula defende o episódio, e que “medidas já foram anunciadas”, para que isso se repita.
“Temos um compromisso com a ética e com a responsabilidade na gestão pública e não seremos coniventes com condutas e atitudes que não estejam absolutamente em sintonia com esses princípios”, escreveu.