Domingo, 19 de maio de 2024

Não há democracia se existe fome, diz papa

Em mensagem em vídeo para um comitê de juízes da Argentina, o papa Francisco alertou que “não existe democracia” se a população está com fome e que não há “justiça na desigualdade”.

A mensagem foi enviada ao diretório argentino do Comitê Pan-Americano de Juízes pelos Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana, e seu teor foi revelado pelo portal Vatican News.

O Papa exortou os juízes a buscarem sempre “o bem do país”, enfatizando que altos níveis de pobreza são o indicador mais claro “da injustiça distributiva que prevalece no mundo”. Eles são também um sinal das falhas encontradas “na implementação dos direitos mais básicos”. A pandemia, lembrou o pontífice, tornou ainda mais agudos os “terríveis cenários sociais”. É por isso que “respostas criativas e eficazes” são urgentemente necessárias para milhões de pessoas.

“Elevados níveis de pobreza são o indicador mais claro da injustiça distributiva que prevalece no mundo. A periferia cresce, e o centro do poder, da riqueza, se restringe cada vez mais. Em outras palavras, a maior parte do dinheiro e das oportunidades beneficia alguns poucos”, acrescentou.

Em 2025

O papa Francisco brincou que não deve estar no comando da Igreja Católica daqui a quatro anos.

O bispo da cidade italiana de Ragusa, dom Giuseppe La Placa, foi recebido pelo pontífice e contou que o convidou para visitar sua diocese em 2025, quando a sede episcopal completará 75 anos.

“O Santo Padre deu um sorriso, fez um sinal de consentimento e, com uma brincadeira, me respondeu que em 2025 a visita será feita por João XXIV”, relatou La Placa – o próximo papa que escolher o nome “João” será chamado de João XXIV.

“Foi uma conversa simples, cordial e afetuosa. Falamos de vários assuntos ligados à vida de nossa diocese, e agradeci ao Santo Padre por seu zelo apostólico a serviço da Igreja universal”, disse o bispo italiano.

Ainda no início de seu pontificado, Francisco chegou a dizer que tinha a sensação de que sua gestão seria “breve”, de “quatro ou cinco anos”, mas em março de 2022 ele completará nove anos no trono de Pedro.

No entanto, o Papa afirmou em entrevista recente à rádio espanhola Cope que jamais pensou em renunciar. “Nunca passou pela minha cabeça”, disse o pontífice de 84 anos.

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