Sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 20 de outubro de 2023
A Petrobras irá reduzir a partir deste sábado (20) em R$ 0,12 por litro, o preço médio de venda da gasolina A (sem adição de etanol) para as distribuidoras nas suas refinarias.
O valor passará a ser de R$ 2,81 por litro, queda de 4% em relação ao preço anterior. Já o diesel será elevado em R$ 0,25, reajuste de 6,6%, reduzindo a defasagem em relação ao mercado internacional. Nesta semana, o diesel estava 14% abaixo do preço internacional, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), enquanto a gasolina estava 5% acima dos preços no mercado externo.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e de 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba”, informou a companhia.
No caso do diesel, considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba. O reajuste foi anunciado instantes depois de o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ter declarado que a empresa estava “no limiar” de fazer um reajuste nos combustíveis.
Neste ano, a variação dos preços de venda tanto da gasolina A quanto do diesel A da Petrobras para as distribuidoras acumula redução. No caso da gasolina, houve queda de R$ 0,27 por litro em 2023. Enquanto que no diesel, a redução acumulada é de R$ 0,44 por litro no ano.
“A estratégia comercial que adotamos na Petrobras tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e, ao mesmo tempo, evitar o repasse de volatilidade para o consumidor. Uma prova disso é que, ao longo deste ano, mesmo com o valor do (petróleo do tipo) Brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas”, afirmou Prates, em nota.
Em maio, a petroleira anunciou alterações na sua política de preços. Desde então, a estatal não obedece mais à política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
Atualmente, leva em consideração dois pontos para a determinação dos seus preços: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação; e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla “as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, explicou a empresa em comunicado.
Já o “valor marginal”, segundo a petroleira, é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.