Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

No Concurso Nacional Unificado, 57% dos inscritos ganham até R$ 4.236; maioria são mulheres, com 56%

O governo divulgou as informações sobre o perfil dos candidatos no Concurso Nacional Unificado, o chamado “Enem dos concursos”. No Distrito Federal, 9,04% da população acima de 18 anos está com inscrição confirmada. Nessa proporção, o segundo lugar é o Amapá, com 4,06% da população adulta inscrita nesse novo modelo de concurso público lançado pelo governo.

O total de 2,14 milhões pessoas foram confirmadas em todo o Brasil e 57,3% são da faixa de renda de até R$ 4.236, ou seja, três salários mínimos. No recorte por gênero, 56% são mulheres.

Ao todo, mais de 2,65 milhões de pessoas demonstraram interesse na realização das provas, mas nem todos realizaram o pagamento da taxa ou tiveram o pedido de isenção deferido. Essa parcela somou 512,6 mil pessoas.

– Há candidatos de 5.555 diferentes municípios.

– Cerca de 56% dos candidatos são mulheres e 44% são homens.

– Os pagantes somaram 1,54 milhão e os isentos 600,8 mil.

A estimativa inicial era de 3,5 milhões de pessoas inscritas. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi questionada, em coletiva, sobre eventual “frustração” no número de inscritos.

“Era uma estimativa estatística, que não foi frustrada nenhum pouco. É o maior concurso da história, para nós, é um grande sucesso e foi totalmente dentro do esperado”, disse Dweck.

As provas serão aplicadas em 5 de maio, em 220 cidades brasileiras. Todas as unidades federativas vão receber o exame para a seleção dos novos servidores. Haverá questões objetivas de conhecimentos gerais e específicos, bem como questões dissertativas por área de atuação.

Os salários iniciais variam de cerca de R$ 4 mil a quase R$ 23 mil, e os servidores começam a ser convocados já em agosto. A perspectiva é que esse modelo de concurso público pode ser feito a cada dois anos.

Com 220 municípios recebendo a prova, a aplicação será feita em 5.141 locais como escolas e prédios públicos. Em todo o país, serão 77.242 salas e 46 candidatos por sala.

“É um dado significativo (a maioria dos candidatos receber até 3 salários mínimos). Era isso que a gente queria em termos de democratização do acesso ao serviço público”, diz Cida Chagas, diretora do Departamento de Provimento e Movimentação de Pessoal (MGI).

Com o valor da taxa de inscrição, foram arrecadados R$ 126,1 milhões. Segundo o MGI, o valor é suficiente para cobrir os custos do concurso.

Inscrições por blocos temáticos:

1 – Infraestrutura, exatas e engenharia: 121.838.
2 – Tecnologia, dados e informação: 77.943.
3 – Ambiental, agrário e biológicas: 102.922.
4 – Trabalho e saúde do servidor: 336.284.
5 – Educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos: 300.766.
6 – Setores econômicos e regulação: 74.283.
7 – Gestão governamental e administração pública: 429.370.
8 – Nível intermediário: 701.029.

O Estado de São Paulo foi o estado com maior número de inscritos confirmados, com o total de 228.452. Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 223.248 pessoas. O Distrito Federal teve 220.442 inscritos.

Inscritos segundo a faixa renda:

– Até R$ 1.412 (16,5%);
– Entre R$ 1.413 e R$ 2.824 (20,3%);
– Entre R$ 2.825 e R$ 4.236 (20,5%);
– Entre R$ 4.237 e R$ 7.060 (20,3%);
– Entre R$ 7.061 e R$ 14.120 (16,0%);
– Acima de R$ 14.120 (6,3%).

Cargos com mais inscritos:

– Técnico em Indigenismo (Funai): Nível médio e com 323.250 inscritos;
– Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (IBGE): Especificamente para vagas da Região Nordeste. Também é de nível médio, com 316.543 inscritos;
– Auditor-Fiscal do Trabalho (MTE): Nível superior, para vagas da área da Auditoria e Fiscalização, com 315.899 inscritos;
– Analista Técnico-Administrativo (AGU): Nível superior, com 297.114 inscritos;
– Analista Técnico-Administrativo (MGI): Nível superior, com 288.859 inscritos.

Divisão pelas cotas:

– Pessoas negras (pretos e pardos): 420,7 mil.
– Pessoas com deficiência: 45,5 mil.
– Pessoas indígenas: 10,4 mil.

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