Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Nova arma hipersônica da China é cinco vezes mais rápida do que o som

A China testou uma arma hipersônica em julho com uma tecnologia que permitia disparar um míssil de um veículo planador a uma velocidade cinco vezes superior à velocidade do som – capacidade que nenhum país demonstrou até hoje, informou o jornal britânico Financial Times no último domingo (21).

O avanço permitiu à China lançar um artefato com o chamado veículo planador hipersônico acoplado, uma espaçonave manobrável que viaja muito rápido e pode carregar uma ogiva nuclear ou normal.

No teste, ao atingir determinada altura, o míssil balístico se separou do veículo planador e conseguiu manobrar e atingir velocidade hipersônica durante o voo sobre o Mar do Sul da China, um território disputado e palco de tensões geopolíticas.

Especialistas da Darpa, a agência de pesquisa avançada do Pentágono, permanecem sem saber como a China superou as restrições da física disparando mísseis de um veículo viajando a velocidades hipersônicas.

Eles também estão debatendo a finalidade do projétil: se era um míssil ar-ar, de ataque, ou um foguete de contramedida, usado para destruir os sistemas de defesa antimísseis de outros países para que eles não pudessem abater a arma hipersônica em ação.

Preocupante

Tanto a Rússia como os EUA têm desenvolvido armas hipersônicas há vários anos, mas a tecnologia chinesa é muito mais desenvolvida do que a do Kremlin ou do Pentágono.

“Esse desenvolvimento é preocupante, como deveria ser para todos os que procuram a paz e a estabilidade na região e além dela”, declarou ao Financial Times um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA. “Isso também tem relação com a nossa preocupação sobre qual a capacidade militar da República Popular da China.”

O veículo hipersônico que disparou o míssil foi lançado ao espaço a partir de um sistema de bombardeio orbital que consegue sobrevoar o Polo Sul. Este é também um ponto que preocupa os americanos, porque permitiria a Pequim evitar as defesas dos mísseis dos EUA, voltadas para disparos que vêm do Polo Norte.

Embora os mísseis hipersônicos tenham provado que podem voar a velocidades nunca alcançadas e cobrir as distâncias pretendidas com manobras, alguns deles erraram o ponto de impacto por até 40 km – caso do sofisticado planador nuclear da China, que precisa do apoio de um foguete pesado no lançamento.

A embaixada chinesa nos EUA disse que “não estava ciente” do teste do míssil. “Não estamos absolutamente interessados em uma corrida armamentista com outros países”, disse Liu Pengyu, o porta-voz da embaixada.

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