Segunda-feira, 17 de março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de dezembro de 2021
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (2) uma série de medidas contra a Covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.
Reforçando a ideia de que a variante ômicron é motivo de “preocupação, mas não de pânico”, como já havia afirmado, o presidente disse que “vamos lutar contra essa variante com ciência e velocidade, não com caos e confusão”.
A principal preocupação é pelo grande número de pessoas que já poderia ter recebido sua dose de reforço e ainda não o fez. Estima-se que 100 milhões de norte-americanos estejam nessa situação.
Da sede dos Institutos Nacionais de Saúde, na região de Washington, Biden fez um discurso enumerando uma série de ações para lutar contra a Covid-19 durante o inverno do hemisfério norte, num momento em que a variante ômicron se propaga pelo mundo, gerando novas preocupações e restrições.
Biden anunciou nesta quinta-feira que postos de vacinação estarão disponíveis durante à noite, incluindo durante finais de semana, para aplicar doses de reforço.
O atendimento em redes de farmácias que aplicam vacinas também será ampliado e campanhas educacionais destinadas principalmente ao público adulto serão instituídas para incentivar que todos completem a vacinação.
“Essas doses de reforço são gratuitas, não deixem de tomar as suas”, pediu à população. “Entramos neste inverno em uma posição de vantagem em relação ao Natal do ano passado”, disse, lembrando que há um ano os norte-americanos ainda não tinham vacinas disponíveis como agora e o número de casos e mortes era muito mais elevado.
“Quando assumi o cargo, mais da metade das escolas do país estavam fechadas. Hoje temos uma vacina para as crianças a partir de cinco anos e mais de 99% das escolas em todo o país estão completamente abertas”, ressaltou.
Ele garantiu ainda que os laboratórios de indústrias farmacêuticas e cientistas dos EUA estão trabalhando em conjunto para aperfeiçoar as vacinas já existentes e criar novos medicamentos de combate à Covid, incluindo as novas variantes do coronavírus recém-descobertas.
Nova variante
Apesar de Biden ter conquistado a presidência com a promessa de lutar contra a pandemia, as mutações do coronavírus representam um enorme desafio, o que tem contribuído para a queda de sua popularidade.
Na quarta-feira foi detectado o primeiro caso de contágio com a variante ômicron nos Estados Unidos.
A Casa Branca já anunciou que a partir “do início da próxima semana”, todos os viajantes deverão, além de vacinados, apresentar um teste negativo feito um dia antes do deslocamento. A medida será aplicada a americanos e estrangeiros.
Para os deslocamentos internos, Biden anunciou uma prorrogação da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões, trens e outros transportes públicos até meados de março.
As novas medidas pretendem tranquilizar os americanos e mostrar que Biden está fazendo tudo a seu alcance para evitar que a pandemia afete a recuperação econômica dos Estados Unidos e as festas de fim de ano.
O presidente e seus assessores reiteraram nos últimos dias que não acontecerá um retorno aos grandes confinamentos.
Mas o governo enfrenta um cenário em que muitos americanos não são receptivos aos apelos de Biden por uma ação coletiva para derrotar a pandemia. De fato, quase 40% da população ainda não está completamente imunizada, apesar das tentativas criativas de estimular vacinação.
Campanha nacional
Uma campanha nacional direcionada aos beneficiários do sistema de saúde pública Medicare tentará ampliar vacinação e as doses de reforço. Em sua estratégia, o governo estabeleceu uma associação com a AARP, um importante grupo que representa os interesses das pessoas com mais de 50 anos.
No outro extremo da faixa etária, a administração Biden tentará assegurar que as escolas não retornem aos fechamentos.
O governo também pretende estimular o uso de kits de teste domiciliar com o anúncio de que “o seguro médico deve cobrir 100% do seu custo”.
Para aqueles sem seguro médico, a disponibilidade de kits gratuitos deve aumentar nos próximos meses.
Mais de 150 milhões de pessoas poderão adquirir os testes e serão reembolsadas por seus seguros, e aqueles que não tem a cobertura receberão testes em centros médicos e clínicas rurais, explicou o presidente.