Quinta-feira, 28 de março de 2024

O que tomar para tratar a covid? a resposta a essa e outras questões sobre a doença

Para quem conseguiu atravessar os mais de dois anos de pandemia sem ter pegado covid, o atual momento não parece muito propício: desde meados de maio, os casos no Brasil voltaram a aumentar. Uma boa notícia, porém, é que o número de mortes continua baixo.

Segundo o Google, um termo em particular registrou aumento significativo: “teste covid”.

A procura por esse termo aumentou 70% na comparação de maio com abril, e 190% ante a março. Nos últimos 90 dias, o pico de interesse foi alcançado na primeira semana de junho, e as pesquisas vêm aumentando desde o início de maio.

Confira o que os brasileiros mais perguntaram ao Google entre 1º e 7 de junho, bem como as respostas a essas dúvidas.

1) O que tomar para covid?

Não é novidade que o brasileiro gosta de se automedicar. Mas é preciso tomar cuidado.

O uso de remédios em casa por quem está com covid deve ter como finalidade aliviar os sintomas da doença. Pense, portanto, em antipiréticos (para diminuir a temperatura e controlar a febre) e analgésicos (aliviar possíveis dores musculares pelo corpo). Ou seja, paracetamol e ibuprofeno, por exemplo.

Medicamentos antivirais, como rendesivir, paxlovid ou molnupiravir, com eficiência comprovada para o tratamento contra o coronavírus, são direcionados para uso em contexto hospitalar.

E não custa lembrar: o chamado kit covid (cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e, até, algumas vitaminas e minerais, como vitamina D, vitamina C e zinco), cujo uso chegou a ser defendido diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o auge da pandemia, não tem sua eficácia comprovada para combater o vírus e não é recomendado pela Associação Médica Brasileira (AMB). Além disso, pode acarretar graves problemas de saúde, mostram estudos.

2) Quando fazer o teste de covid?

Vai depender do tipo de teste e se você apresenta sintomas ou não.

São três tipos de teste:

— PCR: É considerado o mais eficiente para diagnosticar a covid, porque detecta o material genético do vírus na amostra em tempo real. Mas é mais caro, uma vez que precisa ser enviado a um laboratório especializado, e seu resultado pode demorar até 72 horas. Normalmente, é indicado para quem precisa saber se está contaminado e ainda não apresentou sintomas.

A coleta é feita por meio de um swab nasal e deve ser feita em até oito dias após o início de sintomas. Nesse caso, costuma ter 90% de precisão.

Se não houver sintomas, o ideal é esperar cinco dias após o último contato com a pessoa infectada. Caso contrário, é mais alta a chance de falso negativo (ou seja, quando o diagnóstico para a covid é negativo, mas o paciente está infectado com o vírus).

— Antígeno: Feito por meio de um swab nasal em farmácias e nas unidades de saúde, também é chamado de “teste rápido”. É indicado para quem tem sintomas, pois detecta a presença do vírus em sua fase de replicação.

Para quem tem sintomas, o teste deve ser feito entre o 1º e o 7º dias. Já quem não teve sintomas, a recomendação é realizá-lo a partir do 5º dia do contato com a pessoa contaminada pelo Sars-CoV-2.

A vantagem desse teste é que ele fica pronto em 30 minutos. Porém, se a carga viral for baixa, aumenta a probabilidade de um falso negativo.

— Autoteste: funciona da mesma forma que o teste antígeno, mas você compra na farmácia e faz em casa, por conta própria. As orientações para a realização desse teste são as mesmas das do teste rápido.

O Ministério da Saúde adverte, no entanto, que não se deve utilizar o autoteste “caso você apresente sintomas como falta de ar, baixos níveis de saturação de oxigênio (abaixo de 95%), cianose (cor azulada nas unhas, pele, lábios), letargia (sono profundo), confusão mental, sinais de desidratação”.

Nesses casos, recomenda-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.

3) Como é feito o autoteste covid?

No autoteste, o indivíduo realiza todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional, seguindo atentamente as informações das instruções de uso.

No caso da covid, são permitidas as autocoletas de amostras de saliva ou de swab nasal não profundo.

O swab nasal é uma haste fina que tem uma ponta de algodão na qual a amostra vai ser coletada a partir da introdução no nariz (nas duas narinas) de forma não muito profunda.

Por isso, caso o seu autoteste indique esse tipo de amostra, a orientação de como obtê-la adequadamente estará disponível nas instruções de uso.

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