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Por Redação Rádio Pampa | 19 de janeiro de 2022
Um pai canadense que não foi vacinado contra a covid-19 perdeu temporariamente o direito de ver seu filho, de 12 anos. Um juiz determinou que a visitação paterna neste momento não seria “o melhor” para a criança.
A decisão, ocorrida no final do mês passado, veio após um pedido do pai para que seu tempo de visitação fosse estendido durante o período de festas de fim de ano.
O julgamento é o primeiro caso de perda de direitos do tipo por motivos de imunização de que se tem notícia no Canadá, segundo o jornal local Le Devoir. A decisão judicial suspende os direitos de visitação até fevereiro, a não ser que o pai decida se vacinar.
A mãe da criança, que se opunha ao pedido inicial do pai pela extensão do tempo de visitação, disse à Justiça que descobrira recentemente que o homem não havia sido vacinado — ela mostrou postagens dele nas redes sociais em que fazia oposição à vacinação.
A mãe vive com o parceiro e outras duas crianças, que são muito pequenas para serem vacinadas.
O juiz determinou que não é “o melhor para a criança ter contato com o pai”, diante do recente aumento de casos de covid-19 na região canadense de Québec.
A província, que acumula o mais alto número de mortes por covid-19 no Canadá, anunciou no início deste mês que vai cobrar um “imposto de saúde” das pessoas não vacinadas.
Embora apenas 12% dos moradores de Québec que podem ser vacinados não o tenham feito, eles representam mais de 25% de todas as hospitalizações.
Cobrança de impostos
A província canadense de Québec cobrará um “imposto de saúde” para os moradores que não estiverem vacinados contra a covid-19.
Québec, que registrou o maior número de mortes relacionadas à covid-19 no Canadá, está atualmente enfrentando um aumento de infecções.
Na terça-feira (11), o primeiro-ministro anunciou que a província seria a primeira no país a penalizar financeiramente os não vacinados.
Apenas 12,8% dos moradores de Québec não são vacinados, mas eles representam quase metade de todos os casos hospitalares.
Segundo dados federais, pouco mais de 85% dos que vivem na província receberam pelo menos uma dose da vacina até 1º de janeiro. Na semana passada, a província anunciou que exigiria comprovante de vacinação para fazer compras em lojas de maconha e bebidas do governo.