Quarta-feira, 19 de março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de julho de 2023
A Petrobras afirmou ter comprovado dez casos de assédio e importunação sexual de um total de 81 denúncias feitas entre 2019 e 2022.
Após a divulgação pela imprensa de dezenas de relatos feitos por funcionárias da empresa, a Petrobras decidiu, em abril, promover um raio-x nos casos que foram levados à ouvidora da estatal a partir de 2019.
Cerca de dois meses depois, a petrolífera afirmou ter concluído a investigação de 80 casos. Há uma apuração ainda não encerrada. Em dez casos, a empresa disse ter comprovado total ou parcialmente os fatos relatados – o equivalente a 12,34% do total de denúncias registradas na ouvidoria.
Os dados, divulgados pelo site G1, foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação e complementados, posteriormente, com informações da assessoria de imprensa da Petrobras.
A estatal afirmou que cinco denúncias resultaram em demissões. Já os outros casos, a depender da gravidade dos fatos confirmados, acarretaram suspensões ou providências administrativas, como, por exemplo, afastar o assediador do convívio da vítima, com mudança de setor ou unidade.
Com sede no Rio de Janeiro, a empresa não informou onde ocorreram os casos. Segundo o diretor de governança da Petrobras, Mário Spinelli, “o assédio sexual envolve uma conscientização de todos os envolvidos, de todos os níveis da companhia” e, por isso, tem sido um assunto muito debatido dentro da empresa.
Segundo o Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro), apenas 17% do quadro de funcionários da estatal é composto por mulheres. Nas refinarias, a proporção é bem menor.