Sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de junho de 2023
A Polícia Federal (PF) iniciou na terça-feira (20) a segunda fase da Operação Catarse, contra a falsificação de diplomas de medicina. Na ação, a PF buscava prender os chefes do esquema e identificar falsos médicos inscritos com documentos falsificados. A primeira etapa da Operação Catarse foi deflagrada em fevereiro deste ano.
Ao menos 30 agentes cumpriram 4 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Silva Jardim (RJ) Saquarema (RJ) e Montes Claros (MG). Três pessoas foram presas.
Em nota divulga, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) manifestou apoio à segunda fase da Operação Catarse. “A iniciativa tem o objetivo de prender o núcleo central de uma organização criminosa especializada na falsificação de diplomas para o curso de medicina e na inscrição de falsos médicos em Conselhos Regionais”, disse.
“Vale lembrar que, em abril de 2022, após uma denúncia do Cremerj, a Polícia Federal fez as primeiras prisões. O Conselho chamou a instituição policial após perceber indícios de documentação falsa para a inscrição de dois CRMs. Na ocasião, as duas pessoas estavam na sede do Cremerj e foram presas. Desde então, o Conselho está à disposição das autoridades policiais”, frisou.
“Para o Cremerj, todas as ações que visem garantir a segurança da população, dos médicos e dos demais profissionais de saúde no RJ são fundamentais e prioritárias. O Conselho vem colaborando ativamente com as autoridades policiais no intuito de coibir essas práticas criminosas e é atuante na luta contra a atuação de falsos profissionais, tendo, inclusive, o Portal da Defesa Médica para o recebimento de denúncias desse tipo”, destacou.
Os crimes investigados são os de falsificação de documento público (art. 297 do Código Penal), com pena de dois a seis anos de reclusão e multa, e uso de documento falso (art. 304 do Código Penal), que configura a imposição da mesma pena do crime antecedente – neste caso, o de falsificação de documento público.
O nome da operação faz alusão a um termo de origem filosófica com o significado de limpeza ou purificação pessoal.
1 ano de investigação
Em abril de 2022, duas pessoas já tinham sido presas na sede do próprio Cremerj, quando tentavam obter os registros. As investigações chegaram a outros suspeitos e a empresas envolvidas, entre elas duas clínicas médicas. Já em fevereiro deste ano, os agentes da PF cumpriram 11 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, de Belford Roxo e Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, além de Montes Claros, em Minas Gerais. Na oportunidade foram apreendidos aparelhos celulares, jalecos, carimbos, documentos de identificação e documentos com indícios de falsificação.