Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de dezembro de 2022
O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos de combustíveis recuou pela quinta semana consecutiva, de acordo com pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). É ainda a segunda semana seguida que o preço médio permanece abaixo dos R$ 5 por litro. Assim, o valor médio da gasolina passou de R$ 4,94 para para R$ 4,93 essa semana. É uma queda de 0,20%.
Já o diesel caiu pela quarta semana seguida. Caiu de R$ 6,36 para R$ 6,28. É um recuo de 1,25%.O preço do gás de botijão de 13 quilos (GLP) passou de R$ 109,43 para R$ 108,73, redução de 0,63%.
Os preços, no entanto, estão sob forte pressão para os próximos meses. Isso porque o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) definiu nesta quinta-feira uma nova alíquota única de ICMS para GLP (gás de botijão), diesel e biodiesel a ser praticada no ano que vem, seguindo acordo celebrado no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). A estimativa é de um aumento de 4% no botijão de gás para o consumidor e uma alta, em média, de 5% no valor do diesel.
A decisão vai encarecer os preços do GLP e diesel para consumidor final entre 4% e 5%, segundo associações do setor.
As quedas nos preços nesse último mês refletem as reduções feitas pela Petrobras nas refinarias no início de dezembro, quando gasolina e diesel tiveram queda de 6,09% e 8,17%, respectivamente.
Queda
O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, avançou 0,52% em dezembro e fechou o ano de 2022 em 5,9%, quase metade do indicador de 2021 (10,42%). Os dados foram divulgados pelo IBGE. No ano, o indicador foi pressionado, principalmente, por alimentos, com, avanço de 11,96%.
Dos 20 itens que mais subiram de preço em 2022, 19 são alimentos. A maior variação acumulada no ano foi a da cebola, de 166,37%. Em seguida, vem pepino, maça, limão e banana d’água. Por outro lado, a gasolina e o etanol, que foram os grandes vilões em 2021, registraram as maiores quedas de 2022.
A gasolina no acumulado do IPCA-15 do ano passado foi de 49,59% e neste, de -25,46%. Já o etanol passou de 63,28% para -26,38% na mesma comparação.
Tatiana Nogueira, economista da XP, explica que esta grande diferença de um ano para outro ocorre por dois motivos. Um é que a base de comparação estava muito alta, em especial a gasolina que no ano passado sofreu expressivo impacto com a escalada de preços do petróleo.
O outro é o corte de impostos federais em junho, momento em que a gasolina beirava aos R$ 10, o litro, e o atual presidente visava a reeleição.
“O que jogou esta inflação para baixo foram os cortes nos impostos. Os combustíveis foram os vilões no passado, especialmente, no caso da gasolina. Além da alta do preço do petróleo, a Petrobras elevou o preço aqui devido à paridade do preço internacional. Então, em 2022 (os combustíveis) já saem com esses preços mais altos e ainda têm as deflações”, argumenta Tatiana.