Domingo, 28 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 28 de setembro de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou neste domingo (28) um avanço nas negociações de paz no Oriente Médio, em vésperas da visita à Casa Branca do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Temos uma oportunidade real de registrar algo grande no Oriente Médio”, publicou Trump em sua plataforma Truth Social. “Todos a bordo para algo especial, por primeira vez. ¡Lo lograremos!”, escreveu em letras minúsculas.
Em declarações anteriores a jornalistas, Trump afirmou já ter elaborado um “acordo” capaz de pôr fim à guerra em Gaza, após o governo dos Estados Unidos apresentar no início da semana um novo plano de paz a Netanyahu e a diversos países árabes e muçulmanos.
“Será um acordo que recuperará os reféns. Será um acordo que poderá acabar com a guerra”, prometeu o presidente estadunidense.
Segundo uma fonte diplomática, o plano dos EUA, com 21 pontos, prevê um cessar-fogo permanente em Gaza, a libertação dos reféns israelenses mantidos no território palestino, a retirada das tropas israelenses e a formação de um futuro governo em Gaza sem a presença do Hamas, cujo ataque de 7 de outubro de 2023 desencadeou o conflito.
Meios britânicos indicaram que o ex-primeiro-ministro Tony Blair poderia desempenhar papel relevante na transição em Gaza. Em discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), Netanyahu criticou o reconhecimento do Estado da Palestina por diversos países, incluindo França, Reino Unido, Canadá e Austrália, registrado no início da semana.
A criação de um Estado palestino seria um “suicídio nacional” para Israel, afirmou o mandatário, que prometeu “encerrar o trabalho” contra o Hamas “o mais rápido possível” na Franja de Gaza, devastada por quase dois anos de conflito.
No ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, 1.219 pessoas morreram, segundo relatório da AFP com base em dados oficiais. Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque, 47 permanecem retidas em Gaza, incluindo 25 que o exército israelense considera mortas.
A ofensiva de represália israelense deixou 66.025 mortos na população civil de Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, incluindo registros da ONU. (Com informações de O Globo)