Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 17 de novembro de 2022
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, debateram nas últimas horas possibilidades de alterações substantivas na PEC do Estouro. De acordo com aliados de ambos, eles conversaram, por exemplo, sobre a possibilidade de uma redução drástica no impacto fiscal da PEC – que passaria de R$ 198 bilhões para algo em torno de R$ 80 bilhões -, sobre como buscar uma fonte de financiamento para os recursos e como limitar a duração do waiver a no máximo dois anos.
Desde a apresentação da PEC, Pacheco e Lira também conversaram por pelo menos duas vezes pelo telefone para debater o assunto — Pacheco está no Egito em missão oficial na COP27 e Lira está em Brasília. Uma conversa ocorreu na noite de quarta-feira (16) logo após a apresentação do texto. Outra na manhã desta quinta-feira (17).
Reformas em 2023
Há uma percepção, segundo aliados de ambos, de que ela deve ser alterada. Além disso, a avaliação de que sua aprovação deveria vir acompanhada de sinais do governo eleito de que que reformas, como a tributária e a administrativa, serão tocadas em 2023. Além disso, deveria haver um debate sobre um novo arcabouço fiscal no país.
Lira teve conversas com integrantes do mercado nas últimas horas e estaria mais propenso a defender mudanças mais drásticas no documento original do governo eleito do que Pacheco. Aliados de ambos apontam, contudo, que há um receio também de contestar o governo recém eleito das urnas e ameaçar o projeto político de ambos de serem reeleitos para o posto que ocupam. A eleição para a Mesa ocorre em fevereiro de 2023.