Sábado, 27 de julho de 2024

Presidentes dos Estados Unidos e China se encontram após crises diplomáticas entre os dois países

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, estão reunidos na Califórnia (EUA) nesta quarta-feira (15), em uma reunião bilateral que acontece pouco antes da Cúpula de Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Os dois se cumprimentaram diante das câmeras da imprensa na entrada de uma mansão onde o encontro acontece, na pequena vila de Woodside, na cidade de São Francisco.

O compromisso é o segundo em que os dois chefes de Estado se encontram pessoalmente desde que Biden assumiu a Casa Branca, em 2021. A última foi há um ano em Bali, na Indonésia. Esta também é a primeira visita do presidente chinês aos Estados Unidos desde 2017. Na ocasião, ele foi recebido por Donald Trump, na Flórida.

Como anfitrião, Biden apareceu primeiro em frente ao prédio para dar boas-vindas formais ao presidente chinês. Os líderes entraram sem responder a nenhuma pergunta gritada pelos repórteres. Biden disse que era bom encontrar Xi novamente, e que “nada substitui uma conversa frente a frente”.

“Acho que é fundamental que você e eu nos entendamos claramente, de líder para líder, sem equívocos ou falhas de comunicação”, disse Biden, dizendo que os dois devem “garantir que competição não leve a conflito”.

Por sua vez, Xi Jinping abriu sua fala dizendo que “muito aconteceu” desde a última vez que se reuniu com Biden, citando a economia global em recuperação, embora lenta.

O presidente da China afirmou que o “protecionismo está pesando na economia global” e o “planeta Terra é grande suficiente para ambos os países terem sucesso”. Xi ainda declarou que “os Estados Unidos e a China devem ser totalmente capazes de superar as diferenças”.

Os dois países anunciaram que irão montar um grupo de trabalho bilateral para reunir esforços em prol da transição energética e combate à poluição. Os dois países são os maiores poluidores em emissões de gás carbônico. Também estão previstas discussões como a expansão militar chinesa no mar do sul da China, ameaça de invasão do país em Taiwan, interferências de hackers chineses nas eleições dos EUA e a Guerra da Ucrânia.

Desde o encontro na Indonésia há um ano, EUA e China tiveram crises diplomáticas, como a do balão de espionagem chinês que foi abatido por um caça americano e restrições dos EUA às exportações de tecnologia para a China. Os dois países afirmaram que apoiam a declaração do G20, que reúne as maiores economias do mundo, para triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030.

China e Estados Unidos também prometeram trabalhar juntos em um acordo para combater a poluição de plástico e metano.

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