Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Satélite da NASA reentra sobre Deserto do Saara após 16 anos de operação

O satélite RHESSI (sigla de “Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager”), da NASA, fez sua reentrada na atmosfera. Segundo a agência espacial, o satélite retornou à Terra às 21h21 (horário de Brasília), e desceu na direção do deserto do Saara, na África. O RHESSI foi aposentado em 2018 devido a problemas de comunicação.

A reentrada, que ocorreu na quarta-feira (19), foi confirmada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Jonathan McDowell, astrofísico da Universidade de Harvard, descreveu em um tuíte que o satélite parecia seguir na direção nordeste, e deve ter retornado perto da fronteira entre o Sudão e o Egito.

É provável que grande parte da estrutura do RHESSI tenha acabado queimada durante a passagem pela atmosfera. No entanto, a NASA observa que alguns componentes devem ter resistido à reentrada, com baixo risco de atingir pessoas em solo.

Lançado em 2002, o satélite RHESSI ficava na órbita baixa da Terra e observava erupções solares, ajudando os cientistas a entenderem como estas fortes explosões energéticas são formadas. Seu único instrumento era um espectrômetro, que observava raios X e gama emitidos pelo Sol.

Registros

Ao longo de sua missão, o RHESSI registrou mais de 100 mil eventos em raios X, que permitiram que os cientistas estudassem as partículas energéticas emitidas nas erupções solares. Ainda, ele documentou as variações no tamanho destes fenômenos, que iam desde pequenas explosões até erupções dezenas de milhares de vezes maiores.

A espaçonave estava equipada com um espectrômetro de imagem, que registrava os raios-X e os raios gama do sol. De seu antigo poleiro na órbita baixa da Terra, o satélite capturou imagens de elétrons de alta energia que carregam grande parte da energia liberada em explosões solares, disse a Nasa.

Antes do RHESSI, nenhuma imagem de raios gama ou de raios X de alta energia havia sido obtida de erupções solares, e os dados da espaçonave forneceram pistas vitais sobre os fenômenos e suas ejeções de massa coronal associadas .

Esses eventos solares liberam a energia equivalente a bilhões de megatons de TNT na atmosfera do sol em minutos e podem ter efeitos na Terra, incluindo a interrupção dos sistemas elétricos.

Ao longo dos anos, RHESSI documentou a enorme variedade de tamanhos de explosões solares, desde minúsculas nanoflares até enormes supererupções que eram dezenas de milhares de vezes maiores e mais explosivas.

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