Segunda-feira, 24 de março de 2025

Senador Flávio Bolsonaro deve ser confirmado líder da minoria no Congresso

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deve ser confirmado ainda nesta semana como líder da minoria no Congresso. Já Carlos Portinho (PL-RJ) deverá ficar com a liderança do PL no Senado. As indicações foram feitas em reunião nesta terça-feira (7) entre os representantes de PL, PP e Republicanos

A tríade partidária compõe o Centrão e formava a base de apoio da gestão do ex-presidente Bolsonaro. Juntas, as três siglas têm 23 senadores e, ao menos no primeiro momento, deverão fazer oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de Flávio e Portinho, o grupo definiu o ocupante de um outro posto: Rogério Marinho (PL-RN) foi oficializado na mesma reunião como líder da Oposição no Senado, para compor a tropa de choque que deve fazer o enfrentamento mais severo ao Palácio do Planalto.

Marinho chega à liderança menos de uma semana depois de ter sido derrotado na disputa pela presidência do Senado pelo candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por 49 votos a 32. O resultado, embora adverso, deu destaque ao senador potiguar, que contou nos bastidores com a articulação de Portinho e Flávio.

Estreante na Casa, Marinho é tido por aliados como um político habilidoso e capaz de dialogar com colegas das mais variadas matizes. Na reta final da corrida pela presidência, Marinho virou votos e chegou a preocupar os auxiliares de Lula, que apoiou a candidatura de Pacheco.

Ex-ministro do Desenvolvimento de Bolsonaro, Marinho passou a ser considerado a opção mais viável para tentar organizar a oposição. Ele deve assumir a liderança do grupo no momento em que o Palácio do Planalto ainda tenta aferir o real tamanho da base de Lula no Senado. Integrantes do governo avaliam que os votos dados a Marinho não refletem a dimensão dos opositores de Lula nas votações.

Temas

Entre os temas que tendem a gerar discussões acaloradas na Casa estão pautas como impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), defesa do Marco Temporal — assunto sem encaminhamento do Congresso Nacional e que vulnerabiliza o direito dos indígenas — e ressalvas a políticas públicas assistenciais, que devem estar no cerne do governo Lula. Damares Alves (Republicanos-DF), considerada fiel a Bolsonaro, se cacifa para essa liderança entre os colegas, mas está fora dos holofotes, sobretudo após as denúncias que vieram à tona contra sua gestão ministerial por suspeita de negligência no caso do povo ianomâmi.

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