Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de novembro de 2023
O senador Sergio Moro (União-PR) criticou a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do ministro da Justiça, Flávio Dino, à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, o ex-juiz da Lava-Jato criticou a falta de diversidade de gênero, prometida por Lula durante a sua campanha eleitoral, e disse que a indicação de Dino está relacionada a uma razão política.
“No final, toda a conversa do Lula sobre diversidade era só conversa. Sequer foi cogitada uma mulher na lista dos favoritos. Prevaleceram as razões políticas”, criticou o senador Sergio Moro. Dino foi escolhido para ocupar a vaga da ex-ministra Rosa Weber, que aposentou em outubro.
Quando o presidente Lula indicou o ministro Cristiano Zanin, o senador também criticou a indicação. À época, Moro disse que “a nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano”. Zanin atuou na defesa de Lula no processo da Lava-Jato.
O ex-juiz da Lava-Jato decidiu fazer mistério sobre como se posicionará em relação à indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo. Ao ser indagado se votará contra, como prometem outros senadores da oposição, Moro disse que vai “esperar a sabatina” de Dino no Senado.
Moro, vale lembrar, é alvo de processo de cassação na Justiça Eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico e caixa 2 na eleição de 2022, quando se elegeu senador.
A última instância do Judiciário à qual poderá recorrer, caso seja condenado à perda de mandato, será justamente o Supremo Tribunal Federal do qual Dino fará parte.
A sabatina do ministro acontecerá na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, da qual Moro é um dos membros titulares. A oitiva está marcada para 13 de dezembro.
Sabatina
Flávio Dino será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 13 de dezembro. Dino precisa ser aprovado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado – composta por 27 parlamentares –, onde responderá uma série de perguntas. Sergio Moro é um dos membros do colegiado.
Depois, deve ser aprovado no plenário do Senado por, no mínimo, 41 dos 81 senadores – maioria simples da Casa Legislativa.
No mesmo dia também deve ser sabatinado o subprocurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, indicado pelo presidente Lula para ocupar o cargo de procurador-geral da República (PGR).