Sábado, 27 de abril de 2024

Servidores do IMESF protestam em frente à Prefeitura de Porto Alegre

Profissionais do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF) protestaram, durante a manhã desta quarta-feira (9), contra o encerramento das atividades do instituto, que resultará na demissão de 1,8 mil servidores. O ato, realizado em frente à Prefeitura Municipal de Porto Alegre, dá início para os três dias de greve após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a lei que criou o órgão no ano de 2011.

(Foto: O Sul)

Júlio Jesien, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS), afirma que cerca de 20 postos já fecharam durante a manhã desta quarta. “A gente trabalha justamente na lógica de tentar negociação, tendo visto que ainda há possibilidade”, frisou. Quando questionado sobre a proposta do prefeito Nelson Marchezan Júnior de criar clínicas da família, Jesien acredita que muitas alternativas podem ser estudadas: “a própria criação de uma lei municipal de uma empresa pública é uma opção”. “Estamos aqui iniciando três dias de greve contra a nossa vontade. Nós queríamos mesmo é atender a população lá no bairro, na unidade que é precária”, declarou o vice-presidente do sindicato, Júlio Appel.

Após o protesto, o grupo realizou uma caminhada na avenida Borges de Medeiros até a Câmara Municipal de Porto Alegre.

Confira a nota da Secretaria Municipal de Saúde
“A Secretaria Municipal de Saúde reafirma seu papel de cumprir com o atendimento adequado para a população e declara não haver motivos para paralisação greve de profissionais do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF), uma vez que esta tem como motivação a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que declarou a inconstitucionalidade da lei que criou o IMESF a pedido dos próprios sindicatos, decisão esta referendada pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, é um contrassenso quem diz que quer continuar atendendo a população deixar de atender para pleitear qualquer reivindicação. A secretaria não vai tolerar a descontinuidade do cumprimento do contrato ainda vigente e o fechamento de serviços de saúde, com consequente desassistência à população. Salienta-se que o modelo de atendimento que substituirá o IMESF não terá a greve como rotina, nem manterá a população refém de sindicatos e interesses corporativos”.

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