Segunda-feira, 19 de maio de 2025

Supremo amplia prazo para conclusão de investigação sobre ofensas contra o ministro Alexandre de Moraes em Roma

O Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu, nesta semana, a um pedido da Polícia Federal (PF) para dar mais prazo para conclusão da investigação com relação às denúncias de ofensas e agressões que teriam sido cometidas contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e a família dele. A prorrogação é por 60 dias.

No dia 14 de julho, o ministro do Supremo teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. A decisão é do relator do caso no Supremo, o ministro Dias Toffoli.

Na decisão, Toffoli também retirou o sigilo dos autos, mas não com relação às imagens gravadas pelas câmeras de segurança do aeroporto. Sendo assim, os vídeos podem ser acessadas apenas para as partes, analistas ou peritos indicados pela PF, mediante pedido e autorização da prévia para tal.

Peritos criminais federais estão inconformados com o fato de as imagens do Aeroporto Internacional de Roma com supostas hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes não terem passado pelo seu crivo e análise.

Eles põem em dúvida a parcialidade e legalidade do relatório produzido pela Polícia Federal (PF). A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) informou, por meio de nota, que as gravações não passaram pela mão dos profissionais com “método e rigor científico necessários”, ressaltando que procedimentos não periciais, como é o caso do relatório, não atendem premissas de imparcialidade e suspeição”.

“É preocupante que procedimentos não periciais possam ser recepcionados como se fossem “prova pericial”, uma vez que não atendem às premissas legais, como a imparcialidade, suspeição e não ter, obrigatoriamente, qualquer viés de confirmação, que são exigidas dos peritos oficiais de natureza criminal”, ressalta nota da APCF.

O documento, de 51 páginas, foi elaborado com base em quase quatro horas de gravação obtidas pelos investigadores, apresenta 146 prints dos vídeos e, segundo a própria PF, apresenta uma “interpretação parcial” do que ocorreu no saguão do aeroporto italiano.

A avaliação que consta do relatório da Polícia Federal é a de que o empresário Roberto Mantovani Filho e sua mulher Andrea Munaro tiveram uma ‘atitude hostil e agressiva’ que ‘contribuiu sobremaneira para o desencadeamento de discussão com o filho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que culminou com uma aparente agressão física’.

A PF apresentou ao Supremo imagens das supostas agressões. As cenas mostram uma suposta agressão do empresário Roberto Mantovani a Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro do STF. Conforme a PF, que investiga o caso, o circuito de segurança do local é fundamental para avançar nas investigações do caso. O pedido de envio dos vídeos avançou em agosto. A solicitação foi feita pelo Departamento de Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça brasileiro às autoridades italianas.

Entenda

No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. Os envolvidos são quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D’Oeste, interior de SP: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros três.

Na ocasião, Andréa teria se aproximado do ministro e o chamado de “bandido, comunista e comprado”. Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.

Após o episódio, os acusados embarcaram normalmente para o Brasil, mas, ao desembarcarem em Guarulhos (SP), foram abordados pela PF.

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