Sexta-feira, 16 de maio de 2025

Supremo bloqueia canal no Telegram de líder dos atos extremistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), acatou na manhã dessa quarta-feira (11) o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para bloquear 7 canais e 46 supergrupos do Telegram que tentam organizar ou incentivar novos atos golpistas em todo o país e que participaram na organização dos ataques às sedes dos três poderes em Brasília no domingo (8)

Moraes determinou o prazo de duas horas para o bloqueio, a preservação integral do conteúdo dos canais listados e fixou multa diária de R$ 100 mil por descumprimento da ordem.

Veja o trecho da ordem:

“DETERMINAR a expedição de ofício à empresa Telegram, para que, no prazo de 2 (duas) horas, proceda ao BLOQUEIO dos canais/perfis/contas discriminados no e-doc 3.627, bem como de quaisquer grupos que sejam administrados pelos usuários abaixo identificados, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com o fornecimento de seus dados cadastrais a esta SUPREMA CORTE e a integral preservação de seu conteúdo.”
Uma publicação que convoca “Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder” em todas as capitais nesta quarta-feira (11.jan) às 18h foi detectada ontem pelo monitoramento do Núcleo e é citada na petição da AGU que originou a determinação do STF.

O monitoramento da AGU entre os dias 4 e 8 revela grupos que participaram da invasão aos prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto, além dos canais que estão divulgando novos atos.

Estratégias

Muitos desses canais monitorados já não podem ser encontrados — como os canais Gaia Brasil e Brasil Notícias, citados pela AGU —, assim como muitas mensagens foram deletadas.

Nomes de grupos também foram alterados, e passaram a usar mensagens temporárias. Alguns usuários também estão migrando para outras redes, como o Signal e Gettr.

Além disso, os canais monitorados também adotaram moderação mais rígida. O “Official Brazil Convoy 2022 Chat” só aceita membros novos após análise dos administradores do grupo. E como os canais estão sendo invadidos por “infiltrados”, os moderadores conduzem desde segunda uma faxina entre os integrantes, excluindo membros.

Novos atos

Os manifestantes criaram grupos por regiões do País para organizar os novos atos.

A movimentação nesses canais foi intensa durante a madrugada dessa quarta-feira (11). Um gabinete de crise foi criado pelo governo federal para monitorar a situação e a segurança será reforçada.

Usando hashtags como #BrazilianSpring e #PrimaveraBrasileira, além de se referirem à Academia Nacional de Polícia Federal — onde os manifestantes radicais que participaram dos ataques estão presos — como “campo de concentração”, as mensagens recentes dos canais são de “táticas de guerrilha” e orientações para os detidos.

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