Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Tenista francês de 15 anos pede desculpas por dar tapa no rosto de adversário após derrota

O tenista francês Michael Kouame, que deu um tapa em um adversário que o havia derrotado na primeira rodada do torneio júnior em Acra, capital de Gana, pediu desculpas nesta quarta-feira (6), dizendo que foi insultado durante toda a partida pelo público.

Kouame, de 15 anos, esbofeteou o ganês Raphael Nii Ankrah na segunda-feira (4), quando os dois tenistas apertavam as mãos na rede após a derrota do francês, primeiro cabeça de chave, depois de um tie-break no terceiro set.

Em mensagem em que pede desculpas por seu “gesto errado”, postada nesta quarta nas redes sociais, Kouame explica que perdeu a cabeça “ao fim de uma partida extremamente frustrante e difícil” na qual diz ter sido insultado pelo público, que apoiou o tenista local. “Lamento sinceramente pelo meu gesto”, disse o francês.

“Durante a partida, fui repetidamente agredido verbalmente por muitas pessoas na plateia, incluindo insultos contra minha mãe, mas isso não justifica meu comportamento”, disse ele. Apresentando suas desculpas “públicas” a Raphaël Nii Ankrah, Kouame reconheceu que estava errado e que seu gesto foi “completamente inaceitável”.

“Aceito todas as consequências (…) por parte da ITF (Federação Internacional de Tênis). Vou usar esse tempo para ver como posso controlar melhor esse tipo de situação no futuro, de uma forma que reflita minha verdadeira personalidade”, concluiu ele.

A ITF, que comanda o circuito júnior, disse nesta quarta que está “examinando o incidente” com o objetivo de “estabelecer medidas, se necessário”.

Aposentadoria

Jo-Wilfried Tsonga, ex-número 5 do mundo e por muito tempo o melhor tenista francês, anunciou nesta quarta, em um vídeo postado nas redes sociais, que vai se aposentar após a edição de 2022 de Roland Garros, quando completará 37 anos.

“Há algumas semanas decidi que vou parar em Roland este ano. Será meu décimo quinto Roland”, disse o jogador, que caiu para o 220º lugar no ranking da ATP e sofreu várias lesões nos últimos quatro anos.

“Demorei um pouco para tomar essa decisão. Todos os dias, há vários anos, há um momento em que me pergunto o que estou fazendo, por que estou me machucando assim, se ainda há uma razão para fazer esses esforços”, explicou Tsonga de seu sofá, acompanhado por sua mulher: “Minha cabeça me diz que posso jogar toda a minha vida, mas meu corpo me lembra que minhas habilidades para melhorar não existem mais. Meu corpo me diz que não sou capaz de ir mais longe”.

Nos últimos anos, as lesões não lhe permitiram recuperar seu nível. Além da doença falciforme subjacente (doença genética que afeta os glóbulos vermelhos e causa fadiga extrema), ele teve problemas com joelhos, vértebras e articulação sacroilíaca.

Após uma derrota na primeira rodada em Wimbledon em 2021, ele encerrou a temporada passada. Voltou à competição este ano com a ideia de “planejar sua saída” do circuito, como já havia dito à AFP em fevereiro, antes do torneio Open 13 de Marselha.

Em sua carreira, Tsonga ganhou 18 títulos de simples ATP. Em torneios de Grand Slam, seu melhor desempenho foi o vice-campeonato no Aberto da Austrália em 2008. Em Roland Garros foi duas vezes semifinalista (2013, 2015) e em Wimbledon outras duas (2011, 2012).

Tsonga pode se gabar de ter derrotado Roger Federer, Rafa Nadal ou Novak Djokovic quando estavam no seu melhor. Tudo isso também com origens humildes. “Não sou uma criança mimada. Venho do campo, meu pai é imigrante, meus pais sempre viveram a crédito”, lembrou Tsonga.

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