Quinta-feira, 03 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 26 de março de 2024
O Tribunal Superior de Justiça de Londres, no Reino Unido, acatou nesta terça-feira (26) o recurso do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, ao pedido de extradição feito pelo governo dos Estados Unidos.
Em uma decisão vista como uma vitória parcial para Assange, a Corte britânica adiou uma eventual extradição do australiano aos EUA e concordou que seu recurso é válido.
Na decisão, os juízes britânicos pediram mais informações ao governo norte-americano e deram um prazo de três semanas para que Washington apresente esses dados.
“O senhor Assange não será extraditado imediatamente. O tribunal deu ao governo dos Estados Unidos três semanas para dar garantias satisfatórias”, decidiu o tribunal.
A decisão final da Corte de Londres será a última chance do fundador do WikiLeaks de escapar da extradição aos Estados Unidos. Nos país, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão por vazar 700 mil documentos confidenciais desde 2010 sobre as atividades militares e diplomáticas americanas, principalmente no Iraque e Afeganistão.
Em 2019, o Departamento de Justiça dos EUA descreveu os vazamentos do WikiLeaks como “um dos maiores vazamentos de informações confidenciais na história dos Estados Unidos”.
“Meu cliente está sendo processado por realizar uma prática jornalística comum, de obter e publicar informações confidenciais, informações verdadeiras e de interesse público evidente e importante”, afirmou o advogado de Assange, Edward Fitzgerald, no tribunal.
O WikiLeaks publica, em sua página, postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis.