Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de setembro de 2022
A Ucrânia pressionará por pacotes sem precedentes e sob medida do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial no valor de dezenas de bilhões de dólares nas próximas semanas para fortalecer suas finanças devastadas pela guerra.
A estimativa deste mês de setembro é de que o orçamento ucraniano enfrentará um déficit de US$ 38 bilhões no próximo ano, dinheiro que precisará vir de apoiadores ocidentais e multilaterais ou então ser impresso. Esses apoiadores ocidentais e multilaterais já devem fornecer cerca de US$ 20 bilhões este ano.
FMI disposto
O FMI parece pronto para dar um impulso ao permitir que os países penalizados pelos aumentos globais dos preços dos alimentos — um grupo que inclui a Ucrânia — retirem mais dinheiro de sua principal linha de financiamento rápido.
O objetivo de Kiev, porém, é um programa completo do FMI que forneça dinheiro e segurança suficientes para mantê-lo pelos próximos anos.
Custos de reconstrução
A maior fonte de financiamento da Ucrânia é seu próprio banco central, que já teve de imprimir o equivalente a mais de US$ 10 bilhões em grívnia. A inflação no país está atualmente em torno de 23% e os custos de reconstrução do pós-guerra também se acumulam.
Eles já são estimados pelo Banco Mundial em mais de 350 bilhões de dólares, mas o governo quer que US$ 17 bilhões sejam disponibilizados rapidamente para reparar a infraestrutura-chave para que milhões de pessoas que fugiram da guerra possam retornar.
Butsa disse que está em discussões com o Banco Mundial sobre uma ferramenta especial para esse dinheiro, em que outros, inclusive doadores privados, também possam contribuir. O governo está fotografando os danos para que os doadores possam escolher para quais projetos seu dinheiro irá.